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Quarta - 19 de Setembro de 2012 às 18:48

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Cerca de 50 mil pessoas que dependem do MT Saúde, entre servidores e dependentes, estão sem assistência médica desde ontem. Pelo menos 300 instituições, entre hospitais, clínicas e laboratórios interromperam os atendimentos por falta de pagamento.

Em nota, o Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Mato Grosso (Sindessmat) justificaram a paralisação alegando o descumprimento de um acordo firmado em abril. À época, o governo do Estado havia se comprometido a quitar os pagamentos atrasados em sete parcelas, das quais três não foram quitadas, totalizando R$ 18 milhões.

A dívida do MT Saúde com as empresas, no entanto, é ainda maior, já que os repasses pelos serviços prestados em julho e agosto também não teria sido pagos, segundo o sindicato. Os valores não foram divulgados.

“O Sindessmat vem participando de inúmeras reuniões no sentido de resolver a situação não penalizando, nem a rede credenciada (os associados) com os pagamentos atrasados e nem os usuários que ficarão sem atendimento, mas como não houve regularização dos pagamentos até o momento, não há como continuar atendendo os usuários”, diz trecho da nota.

Ontem, aproximadamente 20 sindicatos que representam servidores estaduais se reuniram para discutir a situação. Eles já informaram o Ministério Público do Estado (MPE) sobre o assunto e ameaçam ingressar com uma ação contra o governo, caso os atendimentos não sejam normalizados. A principal reclamação é que o valor do plano é descontado dos salários, mas não é repassado às clínicas.

Por meio da assessoria, a Secretaria de Estado de Administração (Sad) informou que o governo trabalha para encontrar uma solução até o final da semana. Até a próxima sexta-feira (21) também deve ser publicado no Diário Oficial o novo modelo de gestão do MT Saúde.

Sem dar detalhes, o presidente do Sindicato dos Servidores da Empaer e um dos coordenadores do Fórum Sindical em Mato Grosso, Gilmar Brunetto, afirmou que o novo modelo proposto atende as expectativas dos servidores.

“O que nós não queremos é esse modelo em quem o dinheiro passa de uma mão para outra. Do Estado para a operadora e da operadora para as clínicas. Queremos também um preço acessível a todos, inclusive aos que têm os salários mais baixos, e carência zero na adesão”, ressaltou.

O MT Saúde é administrado pela operadora São Francisco Saúde desde abril deste ano. A empresa foi contratada emergencialmente após a quebra de contrato com a Open Saúde e Saúde Samaritano, que eram alvos de inúmeras reclamações dos usuários.
 






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