Ao todo, os professores ficaram 126 dias parados. No último domingo (16), a Andes encaminhou um comunicado para as 13 instituições de ensino superior que ainda estavam paralisadas declarando o fim dos movimentos grevistas.
Na última semana, quando as grandes universidades do país decidiram retornar às aulas, os professores da UFMT resistiram e mantiveram o movimento encabeçando um filão das instituições que se posicionaram de forma contrária à desmobilização. A greve chegou a contar no início com a adesão de 57 das 59 universidades federais do país. Mesmo encerrada, o movimento ainda vai deixar reflexos. “Existem professores que acreditam que ainda há espaço para a luta. Temos questões locais que já foram encaminhadas à direção da UFMT e que precisam ser analisadas”, revelou o membro do Comando de Greve Local, Maurélio Menezes.
Decisão de encerrar greve na UFMT foi tomada durante
assembleia nesta quarta-feira (Foto: Marcelo Ferraz/G1)
Os professores votaram ainda a data de retorno às aulas. A data definida por eles foi o dia 1º de outubro, uma segunda-feira. Ouvido pelo G1, o vice-reitor da instituição, Francisco Souto, disse que as aulas iriam retornar ao normal já a partir da próxima segunda-feira (24). Nesta quinta-feira (20), o órgão máximo da universidade, o Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (Consepe) vai definir como será realizado o processo de reposição das aulas, uma exigência do Ministério da Educação (MEC).
Movimento grevista
A greve dos professores da UFMT começou no dia 17 de maio e afetou diretamente 20 mil alunos. Na última assembleia, 65 professores votaram pela continuidade da greve e outros 29 pelo fim da paralisação. Não houve abstenções. Os professores da UFMT disseram que irão retornar às aulas, mas irão continuar a lutar contrao projeto em tramitação no Congresso Nacional que trata da reestruturação da carreira dos profissionais.
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