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Tecnologia
Quinta - 20 de Setembro de 2012 às 07:12

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O Facebook tem um segredo, um número não revelado em seus volumosos documentos para tornar-se uma companhia de capital aberto, e agora apenas ligeiramente abordado por representantes da empresa.

Estima-se que 5,6 milhões de clientes do Facebook - cerca de 3,5% de seus usuários norte-americanos - sejam crianças, as quais a companhia diz que estão banidas de participar da rede social.

O Facebook e muitos outros sites proíbem pessoas abaixo de 13 anos por que o Ato de Proteção à Privacidade Online de Crianças (COPPA, na sigla em inglês) exige que sites dêem tratamento especial para crianças com 12 anos ou menos.

A lei busca evitar que análises obtenham informações pessoais de crianças ou utilizem os dados delas para fazer publicidade. Sites devem conseguir permissões dos pais antes de permitir que crianças entrem neles, e devem tomar medidas para proteger sua privacidade.

O Facebook rejeita reconhecer que muitos de seus esforços para bloquear crianças não funcionam.

A questão ganha relevância à medida que um regulador dos EUA, a Federal Trade Commission (FTC), finaliza as regras para restringir ainda mais companhias e sites cujo público-alvo são audiências infantis.

O Facebook, maior rede social do mundo, com 955 milhões de usuários, disse que a lei não se aplica a ele porque explicitamente restringe a utilização do site a pessoas com menos de 13 anos.

O Facebook fez progresso na identificação de pré-adolescentes e em excluí-los do site. Um estudo da June Consumer Reports mostrou que o Facebook elimina até 800 mil usuários abaixo de 13 anos por ano, em um processo de busca que a empresa declina em detalhar.

Mesmo assim, o estudo estima que 5,6 milhões de crianças ainda estão no Facebook, um número sobre o qual, segundo especialistas, grande parte dos pais ajudam a criar as contas.

O Facebook rejeitou discutir os dados ou descrever seus esforços sobre esta questão. O porta-voz da empresa, Frederic Wolens, disse em um email apenas que o Facebook está "comprometido a melhorar proteções para todos os jovens online".





Fonte: Reuters

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