O caso despertou atenção da opinião pública na Grã-Bretanha e vem sendo seguido pela população. E a expectativa de a garota ser encontrada aumentou, segundo a polícia, com a informação de que colegas de Megan receberam uma mensagem dela avisando ter chegado à França.
A polícia afirma que os dois foram vistos embarcando em uma balsa de Dover, na Grã-Bretanha, para Calais, na França, ainda na noite de quinta-feira.
Megan Stammers em foto divulgada pela família
(Foto: BBC)
Também, nesta terça-feira, a mãe e o padrasto da menina falaram à imprensa e fizeram um apelo para que ela volte para casa.
"Querida, eu não me importo com o que você fez, ou por quê, eu só quero você em casa", afirmou Danielle Wilson diante das câmeras.
Ela acrescentou que sabia que a menina estava tendo aulas particulares de matemática com o professor Jeremy Forrest, de 30 anos, mas que a família jamais suspeitou de qualquer relacionamento entre os dois.
A estudante Megan Stammers (Foto: BBC)
"Em segurança"
Megan está desaparecida há cinco dias, e a polícia foi acionada na sexta-feira, quando ela saiu de casa mas não foi vista na escola.
O inspector-chefe Jason Tingley disse ao programa de rádio Today, da BBC Radio 4, que amigos, outros alunos e colegas de classe da menina "podem estar cientes do local para onde eles provavelmente foram".
"Então eu pediria que eles se apresentassem, e que não tivessem medo, porque não enfrentarão problemas por não terem revelado nenhuma informação até agora", prosseguiu. "Sabemos que ela (Megan) falou sobre talvez ir a algum lugar, mas agora precisamos entrar nos detalhes disso. Não posso dar uma hora ou data exata mas sabemos que houve uma mensagem passada para um de seus melhores amigos para dizer que ela chegou à França em segurança. Não posso garantir que a mensagem foi enviada por ela, mas nós acreditamos que sim."
"Isto nos dá um certo conforto de que ela chegou com segurança e que está na França. Este é nosso último contato", acrescentou o policial.
Os investigadores britânicos dizem que a mensagem não foi enviada do telefone de Megan.
Embora a mãe da menina tenha dito que não estava ciente do envolvimento entre a filha e o professor, a escola informou que já havia demonstrado preocupações sobre o assunto.
Mark Williams-Thomas, criminologista especialista em proteção infantil, diz que a situação é muito delicada e que, devido à ausência de controle de fronteiras dentro da União Europeia, a investigação pode se tornar mais difícil.
"Não sabemos o quanto (Megan e Forrest) estão cientes da cobertura da mídia, e é claro que podem ter saído da França rumo a Espanha, Itália ou Bélgica, porque as fronteiras agora estão bastante abertas."
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