Equipes da Infraero e da Capitania dos Portos se deslocaram para a região onde os destroços foram achados. Homens do Corpo de Bombeiros estão na praia desde a madrugada, quando foram acionados por pescadores locais.
"Recebemos uma ligação por volta das 00h30 de uma pessoa que se identificou como pescador dizendo que havia achado partes da aeronave. Deslocamos uma equipe para lá e verificamos que era verdade. Aguardamos agora a chegada da polícia e do DPT", diz sargento Edileusa, que estava no plantão dos Bombeiros no momento do telefonema.
Pedaço de madeira pode ser parte de caixão que
era transportado (Foto: Abel Dias/ TV Santa Cruz)
Buscas
As buscas pela aeronave foram retomadas no início da manhã desta quarta-feira (26), informou a Infraero. De acordo com o órgão, a Marinha também está na região e já acionou uma equipe de mergulhadores para auxiliar nas buscas.
Na terça-feira (25), um helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB), duas lanchas da Marinha e o Corpo de Bombeiros procuraram em terra e mar o bimotor Sêneca EMB-810, que transportava o corpo de uma mulher de 61 anos, que morreu afogada na Bahia no sábado (22), além do piloto e o marido da vítima, de 58 anos.
A Aeronáutica afirmou que o helicóptero da FAB percorreu área de 312 km², a pelo menos 20 km da costa. O Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus, ficou fechado das 15h45 às 17h30 de terça-feira, devido à ação da Força Aérea Brasileira (FAB) dentro da unidade.
“Os aviões da FAB precisam fazer o procedimento livre de qualquer operação de outros aviões. Nesse período teríamos dois voos, que foram cancelados. As empresas fizeram a remarcação e acomodaram em hotéis as pessoas que viajariam nesses voos", informou o superintendente da Infraero do município, João Bosco Bezerra.
O bimotor saiu de Ilhéus às 22h15 de segunda-feira. A viagem até Brasília deveria durar 3h20, mas, sete minutos depois da decolagem, a torre de controle perdeu contato com o piloto. O pintor Luiz Oliveira observou a partida do avião. "Um jatinho... e logo depois, dez minutos, quando eu vi a sirene do aeroporto tocando bem alta", disse.
A aeronave, de prefixo PT-RDG, estava com documentação em dia, segundo registro na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Ela tinha capacidade para cinco passageiros e peso máximo de decolagem de 2.073 quilos.
Velório suspenso
A família que aguardava a chegada do corpo que estava no avião que desapareceu suspendeu o velório que estava marcado para a manhã de terça-feira, em Brasília. “Estava saindo para o velório quando a irmã da falecida me ligou avisando que o avião com o corpo não chegou e estava desaparecido”, disse ao G1 Ivone Cardoso, amiga da família.
Segundo ela, a mulher que morreu afogada viajava com o marido, a sogra e mais um casal de parentes. Ela se afogou ao cair em um buraco em uma praia do sul da Bahia no sábado. Os parentes retornaram a Brasília no domingo e o marido permaneceu na Bahia esperando a liberação do corpo, que ocorreu na segunda. Ele então alugou a aeronave para fazer o traslado.
Ivone Cardoso afirma que a família não tem muitas informações sobre o desaparecimento do bimotor. “A última notícia que a família teve foi por meio de uma ligação do marido, dizendo que estava embarcando. A família estava esperando no aeroporto e ninguém chegou. Foi aí que a Infraero falou que o jatinho não havia chegado”.
O superintendente da Infraero em Ilhéus disse que o contato com o piloto foi perdido logo após o início do voo. "Logo depois da decolagem, que ocorreu por volta das 23h, não obtivemos mais contato com o piloto, chamamos e ele não retornou. Depois constatamos que a aeronave não chegou ao seu destino e acionamos os órgãos de salvamento".
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