A aprovação pessoal da presidente Dilma se manteve em 77%.
O índice dos que consideram o governo "regular" passou de 32% para 29%. O percentual dos que classificam o governo como "ruim" ou "péssimo" foi de 8% para 7. Dos entrevistados, 1% não soube responder sobre a gestão.
Entre os jovens de 25 a 29 anos, a avaliação positiva do governo Dilma subiu 13 pontos percentuais. A região do país que registrou maior crescimento na avaliação positiva foi o Sul, com alta de nove pontos percentuais. O Nordeste, no entanto, continua sendo a região com o maior índice dos que aprovam o governo: 68%.
Ainda segundo o Ibope, 18% dos eleitores desaprovam a maneira de Dilma de governar e 4% não souberam responder. Na pesquisa anterior, o percentual de desaprovação também era de 18%.
A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Entre 17 e 21 de setembro, o Ibope ouviu 2.002 eleitores com 16 anos ou mais em 143 municípios.
O percentual de eleitores que dizem confiar na presidente Dilma passou de 72% para 73%, dentro da margem de erro. Na primeira pesquisa realizada no governo Dilma, em março de 2011, o índice era de 74%.
Apesar da aprovação pessoal de Dilma ficar em 77%, ela caiu 16 pontos percentuais entre os entrevistados com renda familiar acima de 10 salários mínimos. O percentual passou de 84% para 68%.
A popularidade de Dilma também caiu entre os mais pobres, com renda familiar de até um salário mínimo. Em junho, a aprovação era de 82% nessa faixa e passou para 75%.
Foi a primeira pesquisa divulgada sobre a avaliação de Dilma após o início do julgamento do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), em 2 de agosto.
Noticiário
As notícias mais lembradas no período da pesquisa, segundo os eleitores ouvidos pelo Ibope, foram as relacionadas ao julgamento do processo do mensalão.
Dos entrevistados, 16% citaram como notícias mais lembradas aquelas referentes ao julgamento, seguido pelo anúncio da redução de tarifas de energia elétrica para 2013, citado por 11% dos eleitores.
Além do julgamento do mensalão e de redução da tarifa de energia, 5% dos eleitores citaram como notícias mais lembradas as viagens da presidente Dilma, 5% lembraram das greves dos servidores públicos e 5% a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
O percentual de eleitores que consideram que as notícias não foram nem favoráveis nem desfavoráveis ao governo Dilma durante o período da pesquisa passou de 34% para 36%, uma oscilação dentro da margem de erro. O percentual dos que consideram que foram mais desfavoráveis foi de 15% para 14%.
Áreas do governo
Também foi a primeira pesquisa realizada depois da conferência Rio+20 e da votação do Código Florestal no Congresso mostra oscilação negativa entre os eleitores que aprovam a maneira de Dilma na área de meio ambiente. Passou de 55% para 54% o índice dos que aprovam e de 37% para 40% o percentual dos que desaprovam.
Segundo o Ibope, das nove áreas avaliadas, apenas meio ambiente registrou "redução significativa", ou seja, acima da margem de erro, no saldo entre os que aprovam e desaprovam a ação do governo.
Apesar de oscilação negativa na aprovação na área de meio ambiente, o setor é um dos três em que mais da metade dos eleitores aprova a atuação do governo. As outras são combate à fome e à pobreza e combate ao desemprego.
No combate à pobreza, o percentual passou de 57% para 60% entre julho e setembro. O índice de aprovação das ações de combate ao desemprego passou de 53% para 57%.
Em quatro áreas, a desaprovação supera a maioria dos eleitores: educação, saúde, segurança pública e impostos. Na área de educação, a desaprovação passou de 54% para 51%. Em saúde, houve uma oscilação negativa de 66% para 65% no índice dos que não aprovam. Na área de segurança pública também houve redução na desaprovação de 61% para 57%.
Na área de impostos, apesar de ser uma das piores avaliadas pelos eleitores, houve crescimento de sete pontos percentuais, de 31% para 38% no percentual de aprovação.
A avaliação das políticas na área de taxa de juros se manteve estável em 49% na comparação com o levantamento anterior, mesmo após redução na taxa básica e incentivo do governo para redução das taxas reais.
Comparação com governo Lula
Dos ouvidos pelo Ibope, oscilou negativamente o percentual de eleitores que consideram o governo Dilma igual ao do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 58% para 57% dos ouvidos.
Na primeira pesquisa feita no governo Dilma esse percentual era de 64%
Segundo a pesquisa encomendada pela CNI ao Ibope, a aprovação do governo Lula chegou a 69% em setembro do segundo ano do segundo mandato dele. Lula obteve também 80% de aprovação pessoal no segundo ano do segundo mandato, apontou o levantamento.
No futuro
A proporção de eleitores que acreditam que o restante do governo Dilma, até o fim de 2014, será "ótimo" ou "bom" foi de 62%. No levantamento anterior, o índice era 61% - a oscilação, portanto, foi dentro da margem de erro. Esse índice já chegou a 68% em março do ano passado, primeira pesquisa realizada após o início do governo da presidente.
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