Presidente do STF rebate indiretamente tese de caixa dois no mensalão
Em meio ao voto do ministro Luiz Fux, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Carlos Ayres Britto, rebateu indiretamente a tese da defesa dos réus do mensalão e afirmou nesta quinta-feira que não há como falar em caixa dois de campanha quando o dinheiro tem origem pública.
O plenário do Supremo já definiu que recursos utilizados no mensalão tiveram origem em desvios da Câmara e do Banco do Brasil.
Os ministros rejeitaram a tese da defesa de que os milhões de reais envolvidos faziam parte de um esquema de caixa dois para pagamento de dívidas de campanha.
"É que o caixa dois sempre veio associado historicamente a dinheiro privado, a doações privadas feitas para campanha. Quando se identifica a origem pública do dinheiro, não há como se falar em caixa dois", disse.
Ao ler seu voto, Fux também concordou com a tese de que houve compra de apoio nos primeiros anos do governo Lula.
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