Alini foi morta em uma emboscada no dia 21 de setembro. Segundo a polícia, a morte foi planejada pelos dois dançarinos. Juliermeson Bastos e Adayane Matias queriam a vaga da vítima em uma banda de forró. O namorado de Adayane, o caminhoneiro David Correia, disse para a polícia que atirou em Alini como prova de amor. De acordo com a polícia, Alini foi morta em uma emboscada no pátio de um hotel em Campo Grande, Cariacica. O suspeito de ter arquitetado o crime se aproximou da dançarina por meio de redes sociais.
Nos depoimentos à polícia, os suspeitos da morte deixaram claro que as outras três dançarinas poderiam ter sido vítimas. Chegaram a planejar um ataque armado durante um ensaio, onde as quatro meninas estariam juntas. Vânia diz que não sai de casa sozinha. “Estou evitando sair sozinha de casa. A gente não sabe o que pode acontecer”, diz. Joana pensa agora em parar de dançar. “É difícil, fazia tudo com a Alini”, lamenta. Jamile disse que não imaginava que estava tão exposta à violência. “A gente sabe que a inveja existe, mas não imaginávamos que chegaria a esse ponto”, comentou.
Dançarinas dizem que se sentem ameaçãdas.
(Foto: Reprodução/TV Gazeta)
O delegado Adroaldo Lopes disse que concluiu o inquérito nesta sexta-feira e já enviou para a Justiça. Adayane, Juliemerson e Deivid foram indiciados por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e a dissimulação.
Suspeita do plano
O tio de Adayane Matias, que se identificou apenas como Marcos, acompanhou a dançarina até a delegacia em todas as vezes em que ela esteve no local. Ele ficou surpreso quando o delegado deu voz de prisão a sobrinha na tarde desta quinta-feira (26).
"Jamais esperava que minha sobrinha fosse presa. Ao receber a notícia da prisão, ela ficou abalada e chorou muito. Tenho certeza que ela não participou em nada, não fez nada. Nunca levou qualquer reclamação para casa. Quando retornou da turnê de shows, estava muito empolgada e com esperanças de ser contratada. Desde quando essa história começou a ser descoberta, a mãe da Adayane está vivendo a base de remédios. Minha sobrinha, ou qualquer outra pessoa da família, nunca teve problemas com a polícia. Ela sempre gostou muito de dançar, é atenciosa com os irmãos e a mãe. Não acredito que ela realmente tenha participação na morte dessa menina".
O crime
De acordo com a polícia, Alini foi morta em uma emboscada, por volta das 9h de sexta-feira, no pátio de um hotel em Campo Grande, Cariacica. Segundo testemunhas, a dançarina havia saído de casa para tratar de um contrato de trabalho. Um dias antes, ela foi procurada por telefone, por um homem que dizia querer contratá-la. Ele marcou um encontro com a jovem mas na verdade era uma emboscada para matá-la.
O delegado Adroaldo Lopes disse que, ao chegar no ponto marcado, Alini atendeu uma ligação e quatro minutos depois foi morta. O assassino estava em uma moto e atirou duas vezes contra a jovem, que foi atingida pelas costas. A dançarina foi levada para um hospital particular no mesmo município, mas não resistiu e morreu.
Dançarina também trabalhava como modelo fotográfica no Espírito Santo (Foto: Arquivo familiar)
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