Em entrevista ao G1, o secretário disse que na esfera da polícia civil, onde já foi aberto o inquérito, foram fornecidas toda as informações. Dados sobre a obra também foram encaminhados ao Ministério Público Estadual e Federal. “ Desde o início do processo, sempre que eles pediram as informações, as tiveram. A respeito das denúncias, estamos tranquilos. Isso é uma questão que tem que ser apurada. É o papel institucional dos órgãos que têm essa missão. E a Secretaria da Copa vai continuar prestando todas as informações e também queremos que isso seja elucidado porque não queremos ficar de forma nenhuma com esta mancha que tentaram colocar na secretaria”, afirmou Magalhães.
Vista aérea da retomada das obras do VLT em Várzea Grande, na região metropolitana (Foto: Assessoria/Secopa)
O responsável por apurar se a licitação do modal teria sido fraudada, conforme denúncias encaminhadas pelo Ministério Público Estadual, é o delegado do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Gianmarco Paccola, que abriu inquérito policial, mas pediu à Justiça que a investigação corra sob segredo.
O secretário Maurício Magalhães ressaltou que todos procedimentos licitatórios e atos preparatórios foram encaminhados para o delegado responsável pelo caso. “Se o delegado achar necessário, informações adicionais também serão encaminhadas”, declarou o secretário da Copa.
Na época em que as obras foram suspensas, o juiz da Vara Especializada de Crime Organizado, Ordem Tributária e Econômica e Administração Pública da Comarca de Cuiabá, José Arimatéia Neves, decretou sigilo nas investigações da Polícia Civil sobre as supostas denúncias de irregularidades na licitação do Veículo Leve sobre os Trilhos (VLT), na capital.
De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o pedido de sigilo foi feito por conta da complexidade das denúncias e para não comprometer as investigações. A equipe de reportagem tentou falar com o delegado, mas ele preferiu não se pronunciar sobre o caso.
O VLT é o modal de transporte público escolhido pelo governo para atender a demanda de usuários para a Copa do Mundo de 2014. Em entrevista concedida anteriormente ao G1, o secretário de Segurança Pública, Diógenes Curado, ressaltou que as supostas denúncias de fraudes nas licitações são graves e que devem ser apuradas para não comprometer o evento mundial na capital.
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