"A companhia utilizará os novos aviões, principalmente, para a renovação de sua frota no futuro", diz a companhia em nota.
O gasto da Gol com a encomenda dos 60 novos aviões 737 Max será de US$ 6 bilhões, já que cada aeronave custa por volta de US$ 100 milhões. Os pedidos dos 60 aviões, que serão entregues até 2026, são todos pedidos firmes, ou seja, confirmados.
À esquerda, Constantino Jr., presidente do
conselho de administração da Gol, e à direita o
presidente da companhia, Paulo Kakinoff
(Foto: Simone Cunha/G1)
“O que temos é opção de calendarização (de alteração das datas de entrega das aeronaves)”, afirmou o presidente da Gol, Paulo Kakinoff.
Segundo ele, a forma de pagamento será definida de acordo com o momento econômico de cada entrega, podendo ser leasing, financiamento. Em relação à entrega das aeronaves, a companhia informou que duas aeronaves do novo modelo serão entregues já em 2018.
A compra – anunciada como a “maior encomenda em número de aviões de uma companhia na história da aviação da América do Sul” – feita no momento em que a empresa enfrenta resultados negativos, não foi vista como uma contradição pelo presidente da Gol.
“O prejuízo é uma questão transitória na nossa avaliação, o fato de fazer a maior compra da nossa história atesta isso. É uma renivação da nossa convicção de que é algo transitório. Para a empresa a alta dos combustíveis é um momento que estamos vivendo hoje”, disse Paulo Kakinoff. “Num horizonte de médio prazo devemos voltar a ter um ambiente competitivo saudável e sustentável que irá viabilizar o caminho para a compra que estamos anunciando hoje”, afirmou.
A Gol teve prejuízo no segundo trimestre deste ano, de R$ 354,6 milhões, e defende que os resultados são decorrentes da depreciação do real frente ao dólar, do aumento bem maior que o esperado nas despesas com combustível e o aumento dos custos das tarifas aeroportuárias nos principais aeroportos do país.
Kakinoff abriu a entrevista coletiva de imprensa anunciando que o acordo de compra havia sido firmado minutos antes do anúncio, divulgado logo após o fechamento do mercado financeiro nesta segunda. “Estamos decidindo os nossos próximos 15 anos em relação ao tipo de equipamento com os quais devemos operar”, disse Adalberto Bogsan, vice presidente de operações da Gol.
O 737 Max está sendo desenvolvido pela fabricante norte-americana Boeing em conjunto com engenheiros e técnicos da Gol, segundo os executivos. Os destaques da compra das novas aeronaves são, segundo a Gol, a menor quantidade de combustível que ele carrega, que dá menor peso e maior performance ao avião, e as “radial tires”, pneus com menor peso e maior durabilidade. "Estas e outras inovações reduzirão o consumo de combustível e a emissão de gases poluentes em até 13%, na comparação com os Boeing 737 Next Generation (usados atualmente pela companhia)", disse a empresa.
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