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Política
Terça - 02 de Outubro de 2012 às 13:18

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A candidata a prefeita de Várzea Grande Lucimar Campos (DEM) ainda tem dúvidas se a população do segundo maior município do Estado está insatisfeita com o serviço de transporte público. Mesmo com um terminal sucateado, ônibus, em sua maioria, sem ar-condicionado, superlotados e antigos, a democrata disse durante debate na rádio Mix 94,3, do grupo Folha do Estado, que vai fazer um estudo para ter certeza que o usuário está descontente com o serviço. “Se o transporte está bom ou ruim vamos saber depois, a população vai dizer”, insite.

A postura da candidata indignou o adversário responsável pela pergunta, o deputado Walace Guimarães (PMDB). Para ele, a democrata está alheia aos problemas da população, que reclama diariamente do transporte público. "Para ter tal opinião, a senhora deve estar fazendo uma campanha terceirizada", disparou. Outro que reclamou foi o candidato Miltão (Psol), que disse que Lucimar mora em outro município e há muito tempo não é vista pelas ruas de Várzea Grande.

O prefeito Tião da Zaeli (PSD) também alfinetou a democrata várias vezes, mesmo quando a pergunta não era direcionada a ela. Afirmou, por exemplo, que o Pronto-Socorro está numa situação ruim porque não recebe emendas parlamentares, numa referência velada ao marido da democrata, o senador Jayme Campos (DEM). Disse ainda que a unidade também tem dívidas antigas, adquiridas pela família Campos, que administrou o município por quase 40 anos.

A acusação foi uma reposta ao discurso de Lucimar, que enumerou uma série de problemas no setor da saúde. A candidata, líder das pesquisas de intenção de voto, justificou que a falta de emenda se deve à ausência de certidão negativada. Tião rebateu lembrando que para saúde, educação e ação social não é necessário o documento. “Eliene (Lima) e Homero (Pereira) levaram emendas para Várzea Grande”, afirmou. Ambos parlamentares citados são filiados ao PSD, mesmo partido do prefeito.

Tião e Walace também trocaram farpas entre si. O deputado disse que o prefeito não devia ter dobrado o repasse à folha de pagamento do servidor. Para ele, o valor deveria ser repassado para outro setor, como a saúde. Tião, por sua vez, responsabilizou o governo do Estado, cuja gestão está sob comando de Silval Barbosa, filiado ao mesmo partido de Walace. O governador tem sido apontado pelo atraso nos repasses aos municípios. Walace, no entanto, disparou que o problema se arrasta há anos e que a culpa não é dos poucos meses de atrasos.

O candidato Edson Ribeiro (PPL) também teve um leve desentendimento com Tião devido à falta de pagamento de seus salários. Servidor da prefeitura, ele já protocolou uma queixa-crime contra o social-democrata para cobrar os valores referentes aos dias em que não foi trabalhar por ser sindicalista e estar licenciado para disputar o pleito. Tião rebateu afirmando que funcionários que não comparecem ao trabalho deveriam devolver o dinheiro que recebem. O social-democrata ressaltou ainda que todo o processo é público e que, se estiver insatisfeito, Edson tem o direito de recorrer.
 





Fonte: RD News

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