Ideal de magreza não existe apenas por influência cultural, conclui
DNA faz mulher ter obsessão por ser magra
A genética pode deixar algumas mulheres vulneráveis à pressão de ser magra, afirma uma pesquisa publicada nesta quarta-feira (3) no “International Journal of Eating Disorders”.
Pesquisadores da Universidade do Estado de Michigan (MSU), dos Estados Unidos, resolveram investigar um possível distúrbio psicológico em mulheres que “compram” o ideal de magreza.
Segundo o estudo, mudanças na autopercepção e comportamento causados por esta idealização podem levar à insatisfação com o corpo, preocupação com o peso e outros sintomas de transtornos alimentares, como anorexia e a bulimia.
De modelos a atrizes de cinema, a magreza é retratada como sinal de beleza na cultura ocidental, ao mesmo tempo que é citada por médicos como causa de transtorno alimentar em jovens.
Porém, o que os pesquisadores estranhavam é que, apesar de todos estarem sujeitos a um bombardeio de informações diariamente, apenas algumas mulheres desenvolviam a ideia de que ser magra é uma meta de vida.
Gêmeas foram alvo de pesquisa
Para descobrir mais detalhes a respeito, os cientistas testaram 300 pares de gêmeas, com idade entre 12 e 22 anos. Foram estudadas gêmeas idênticas (nascidas a partir de um mesmo par de óvulo e espermatozoide, e com 100% dos genes compartilhados) e gêmeas fraternas (nascidas a partir de óvulos e espermatozoides distintos, portanto, sem compartilhamento total do DNA).
A equipe mediu o quanto as participantes queriam se parecer com as pessoas que viam em filmes, na televisão ou em revistas.
Os resultados mostraram que gêmeas idênticas pensavam mais sobre ser magra do que as gêmeas fraternas, o que sugere a influência de alguma função genética importante nesta tomada de decisão.
De acordo com Jessica Suisma, uma das autoras da investigação científica, isto sugere que fatores genéticos podem tornar algumas mulheres mais suscetíveis a este tipo de pressão.
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