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Polícia
Quarta - 03 de Outubro de 2012 às 13:52

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A Polícia Civil concluiu o inquérito que apurava fraude com cartões de crédito de uma rede de supermercados de Cuiabá. Ao todo, 18 pessoas foram indiciadas pelos crimes de formação de quadrilha ou bando, falsidade ideológica e estelionato. O delegado encarregado pelo caso solicitou novas diligências, cujos resultados serão juntados ao processo.

Entre as novas diligências está o pedido da lista completa das vítimas e de todos os cartões de crédito adquiridos ilegalmente, listas das compras efetuadas com os cartões fraudados, com dados dos estabelecimentos e outras informações técnicas e jurídicas que o banco deverá enviar a Polícia Civil.

Os pedidos foram feitos pelo delegado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Gianmarco Paccola Capoani, que conduziu as investigações, que encaminhou o inquérito para o Fórum no último domingo (30).

No inquérito policial, 25 pessoas foram ouvidas nas fraudes que podem ter causado prejuízos a mais de 1000 vítimas, que tiveram seus dados utilizados indevidamente por oito funcionárias de duas lojas da rede de supermercados, responsáveis pela solicitação dos cartões ao banco, com matriz em São Paulo.

O delegado também requisitou que a Secretaria de Fazenda (Sefaz/MT) realize a fiscalização em alguns estabelecimentos comerciais, a intimação de 5 pessoas, sendo um o dono de uma locadora de veículo e 3 funcionárias da rede de supermercados, além da apreensão de produtos comprados com os cartões, informações a rede de supermercados, no período de maio a setembro, dos cartões solicitados para sete principais endereços, e a Junta Comercial da abertura de uma empresa.

As investigações iniciadas há dois meses pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil, constataram que os estelionatários deixaram um prejuízo de mais de R$ 1 milhão em compras a créditos, efetuadas em vários estabelecimentos comerciais da Grande Cuiabá. Para a Polícia Civil, o prejuízo pode ser maior, pois pode haver cartões que ainda não foram utilizados ou não tiveram as faturas processadas.

O esquema simples, mas articulado era operado por um ex-comerciante, com acesso ao sistema Serasa, que “fabricava” cadastros com nomes de centenas de vítimas. Os dados eram encaminhados para funcionários de um dos principais supermercados de Cuiabá. Com as informações, os funcionários, ilegalmente, faziam as solicitações dos cartões de crédito junto à instituição financeira, com matriz em São Paulo, que eram aprovados e encaminhados para sete principais endereços, que por sua vez repassavam a sete envolvidos no esquema.

Os cartões que a quadrilha conseguiu aprovar tinham limites entre R$ 500, 1000 e até 6.250. De acordo com o banco, o limite do cartão é aprovado conforme a renda da pessoa, mas a quadrilha descobriu um meio de fraudar o sistema e aumentar o limite do cartão.

Em um único endereço residencial, em Cuiabá, o banco identificou a entrega de 345 cartões em nome de diferentes pessoas e prejuízo causado de R$ 159 mil. Em outro endereço, chegaram 205 cartões com gastos estimados de R$ 110 mil. Um escritório de contabilidade da capital recebeu 133 cartões e prejuízo de R$ 53 mil.

Continuam presos o operador do esquema Edvaldo da Silva, 45, (utilizava documento falso); Vilmar da Rocha Loveira, 41 (utilizava cinco documentos falsos); o casal Wirley da Silva Almeida, 24, e Fernanda Silva Pereira Gomes, 30; Cristiane Maria da Silva, 29; Pauline Bianca Pedroso, 24; Luiz Claudia da Mato Figueiredo, 34.

A oitava presa na operação, Jussara Cruz de Souza, 26, foi autuada em flagrante e posta em liberdade mediante pagamento de fiança, por estar amamentando. As funcionárias do supermercado são Cristiane, Pauline e Jussara. Esta última comandava o esquema dentro da loja a mando de Edvaldo da Silva.
 





Fonte: A Gazeta

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