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Polícia
Sábado - 06 de Outubro de 2012 às 14:58

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O ex-presidiário Dorvalinho Silva Paes, de 45 anos, foi condenado a 14 anos de prisão pelo assassinato do mecânico Cássio Roberto dos Reis Amorielo, de 35, com dois tiros na cabeça, no dia 10 de abril de 2010, no bairro Osmar Cabral, em Cuiabá.

O julgamento ocorreu na tarde de sexta-feira (5), pelo Tribunal do Júri da 1ª Vara Criminal da Comarca da Capital, presidido pela juíza Mônica Catarina Perri de Siqueira.

A pena é por homicídio qualificado – recurso que dificultou a defesa por parte da vítima.

O assassinato foi uma vingança de um episódio ocorrido meses antes, na Ala Evangélica da Cadeia Pública do Carumbé.

Na ocasião, Cássio era "obreiro" de uma igreja evangélica e Dorvalinho teria infringido as "regras", ao se insinuar para mulheres de outros presos.

Como castigo, ficou orando de joelhos durante uma das sessões de oração, no período vespertino. Revoltado com a punião, ele prometeu se vingar. Ao sair da cadeia, cumpriu a promessa.

Após o crime, Dorvalinho teria ameaçado familiares da vítima, caso testemunhassem contra ele.

Nesse período, ele sofreu uma tentativa de assassinato, quando levou cinco tiros, um deles na cabeça e sobreviveu.

Durante o julgamento, Dorvalinho alegou que os autores da tentativa de homicídio eram pessoas ligadas à família de Cássio. As investigações, no entanto, apontaram para autoria desconhecida.

Segundo o promotor criminal João Augusto Gadelha, a condenação vai dar tranquilidade à família da vítima, que temia por uma pena menor.

“O réu não vai sair tão cedo da cadeia, uma vez que responde inquérito por mais dois homicídios e porte ilegal de arma”, observou o representante do Ministério Público.

Dorvalinho deverá cumprir cinco anos em regime fechado, correspondendo a dois quintos.

No entendimento de João Gadelha, o crime revela as "regras" existentes dentro das alas evangélicas, que acabam levando a uma punição paralela.

“De certa forma, nelas (nas alas evangélicas) existe uma disciplina”, observou o promotor.

Cássio Roberto foi executado com dois tiros na nuca, quando segurava no colo o neto de sua companheira, no bairro Osmar Cabral.

O homicídio ocorreu por volta das 20h, num bar do bairro.






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