Estar em evidência na mídia não é garantia de votação expressiva. Que o digam Mulher Pera, a Vovó da Fiel ou Charles Henriquepedia, que não se elegeram no pleito municipal deste ano. Para outros, como a funkeira Verônica Costa, eleita no Rio com 31.515 votos, o "efeito Tiririca" segue dando frutos. Em 2010, o então candidato a deputado federal e figura carismática da TV, Tiririca, foi eleito com cerca de 1,3 milhão de votos, um recorde àquela eleição.
Candidatos como Ércio Quaresma (PV), ex-advogado do goleiro Bruno, e a "Vovó da Fiel" (PSD) apostaram na projeção recente para tentarem uma vaga nas câmaras municipais de Belo Horizonte e São Paulo, respectivamente. O resultado, contudo, não foi animador. Enquanto a torcedora-símbolo do Corinthians obteve 3.474 votos, Quaresma amargou a inexpressiva marca de 346 votos.
Piores do que ele foram Edgar Passos (PR), o Rei Momo do carnaval de Salvador de 2011, com 120 votos, o ator e apresentador de TV Leandro Fóz, que tentou a eleição como vereador em Maringá (PR) pelo PT e recebeu a confiança de somente 225 eleitores. O cantor da banda Kiloucura, Gerson Paulo de Melo, conhecido como Gerson Dupand, também tentou vaga de vereador no Rio de Janeiro pelo PSDB e teve apenas 103 votos.
No esporte, a atual vereadora pelo PMDB, Patrícia Amorim, presidente do Flamengo, não conseguiu a reeleição com os 11.996 votos que recebeu. Andrade, ex-jogador e ex-treinador do Flamengo foi melhor, com 16.609 votos, mas não conseguiu se eleger na capital fluminense pelo PSDB. O treinador Dadazinho Rosenwaldo,filho de Dadá Maravilha, se candidatou a vereador em Belo Horizonte pelo PTB. O carisma do pai, no entanto, não resultou em votos para o filho, que foi o preferido de apenas 545 eleitores.
Já figuras conhecidas do público que transitam na política há algum tempo, oscilam bons e maus resultados. Netinho de Paula foi eleito vereador pelo PCdoB em São Paulo com 50.698 votos. Já Agnaldo Timóteo, na política desde 1982, teve 12.009 votos e não conseguiu se reeleger.
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