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Cidades
Terça - 09 de Outubro de 2012 às 02:39

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Na próxima quinta-feira (11), médicos de Mato Grosso suspenderão o atendimento em protesto aos planos de saúde administrados pelo Grupo Unidas (União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde). Uma assembleia será realizada na próxima segunda (15) para definir rumos do movimento. O protesto é nacional e acontece pela quarta vez em 2 anos. De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), serão suspensas apenas consultas e cirurgias eletivas serviços de urgência e emergência não serão afetados.

A intenção do protesto é protestar contra abusos praticados pelas operadoras, exigir assistência de melhor qualidade para os pacientes e valorização da Medicina.

Até o momento, dos estados que já definiram a paralisação, 7 protestam contra todas as operadoras de planos de saúde. Em apenas 5 estados não haverá suspensão: Roraima, Pará, Ceará, Amapá e Distrito Federal, mas decidiram apoiar a manifestação com atos públicos. Conforme o CFM, cada estado adotará uma estratégia diferente, motivo pelo qual a suspensão poderá se estender até o dia 25.

“O movimento médico brasileiro tem buscado incessantemente o diálogo com as empresas da área de saúde suplementar, mas os avanços ainda são insatisfatórios. O que está em jogo é o exercício profissional de 170 mil médicos e a assistência a quase 48 milhões de pacientes”, explica Aloísio Tibiriça, 2º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina e coordenador da Comissão Nacional de Saúde Suplementar (Comsu).

Além de reajuste nos honorários, os médicos pedem o fim da interferência antiética das operadoras na relação médico-paciente. Também reivindicam a inserção, nos contratos, de índices e periodicidade de reajustes - por meio da negociação coletiva pelas entidades médicas - e a fixação de outros critérios de contratualização. De acordo com as lideranças do movimento, os pacientes não serão prejudicados com a mobilização dos médicos. As consultas serão remarcadas posteriormente e não haverá paralisação nos atendimentos de casos de emergência.

A primeira paralisação dos atendimentos ocorreu em 7 de abril de 2011 e a segunda em 21 de setembro do mesmo ano. A última mobilização nacional aconteceu em 25 de abril deste ano quando, além de protestarem, representantes das entidades médicas nacionais entregaram formalmente à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) um documento com 15 propostas para estabelecer critérios adequados para a contratação de médicos pelas operadoras de planos de saúde e para a hierarquização dos procedimentos estabelecidos pela CBHPM. (Ascom do CFM)
 





Fonte: A Gazeta

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