3 eleitos podem não assumir cargos; 2 tiveram quase 60% dos votos

Dois candidatos a prefeito em Mato Grosso venceram a eleição com quase 60% dos votos, mas, devido a problemas jurídicos, podem não assumir o comando das respectivas cidades. São eles: Oscar Bezerra (PSB) de Juara e Nilton Borgato (PP) de Glória D"Oeste. Ambos tiveram as candidaturas indeferidas e disputavam sub judice.

Segundo o diretor-geral do TRE, juiz Mauro Diogo, o julgamento destes casos deve acontecer até dezembro. “O TSE está priorizando este tipo de julgamento em todo o Brasil e eu creio que até o último mês deste ano tudo está devidamente apurado”. Ele pontua que, caso as situações não sejam resolvidas até janeiro, mês em que os novos gestores tomam posse, caberá aos presidentes eleitos das Câmara de Vereadores das 2 cidades assumirem o comando das prefeituras por tempo indeterminado, até que a Justiça emita um parecer.

Em Chapada dos Guimarães Gilberto Scwarz de Mello (PR) está na mesma situação de Oscar e Nilton. Ele disputou o pleito mesmo com pendências jurídicas e ainda aguarda recurso do TSE sobre o indeferimento de sua candidatura. Como foi eleito com 34,58% dos votos válidos, caso a Justiça mantenha sua condenação, haverá uma nova eleição no município.

   Entenda os casos

Em Juara, Oscar teve o registro indeferido por acusação de uso da máquina, em 2008, ano em que disputou sem sucesso a reeleição. Ele foi condenado por publicar uma foto no site da prefeitura que o identificava como candidato. Com a validação da Lei da Ficha Limpa, a inlegibilidade dele passou a ser de 8 anos.

Já em Glória D"Oeste, Nilton Borgato foi condenado por peculato, que caracteriza crime contra a administração pública, em março do ano passado. Em Chapada, o ex-prefeito Gilberto teve seu registro indeferido porque suas contas foram reprovadas no período em que foi prefeito, entre 2004 e 2008. O republicano também foi multado R$ 5 mil por propaganda extemporânea no Facebook. Todos foram considerados "fichas sujas".