De acordo com o jornal “The Australian”, os familiares defendem que a truculência dos oficiais causou a morte do estudante. Roberto teria morrido por asfixia, após receber os disparos da máquina, além de gás de pimenta. Segundo a reportagem, Roberto comemorava o dia de São Patrício com amigos quando consumiu uma pequena quantidade de LSD. O estudante teria se perdido dos amigos e se envolvido em uma briga antes de ser detido pelos policiais. A publicação informa ainda que ele telefonou para a irmã de madrugada, por volta de 4h30min, e perguntou se “eles estariam tentando matá-lo”. Menos de duas horas depois, às 6h11min ele já estava morto.
A audiência sobre o caso começou na segunda-feira e deve durar duas semanas. Serão ouvidas cerca de 30 pessoas, entre elas médicos, policiais, legistas e especialistas em treinamento com armas. Um dos policiais envolvidos na ação, sargento Craig Partridge, disse em depoimento que ouviu pela rádio a notícia de que um homem armado estaria na loja. O oficial afirmou não ter ouvido os outros três boletins seguintes, que desmentiam a informação de que o homem teria uma arma.
Um morador da região, Tommy Wang, testemunhou que o comportamento da polícia foi excessivamente agressivo. De acordo com a testemunha, Roberto teria tentado fugir, mas não reagiu violentamente aos ataques. Outra testemunha, Wendy Price, descreveu o comportamento de Roberto como “um animal selvagem” e afirmou que não considerou que a polícia tivesse agido inadequadamente no momento.
A família de Roberto aqui no Brasil criou o site www.justiceroberto.com para postar novidades sobre o processo. Também foi criada uma página no Facebook (http://www.facebook.com/Beto.Laudisio) em memória ao rapaz.
Roberto vivia com a família em Higienópolis, bairro nobre de São Paulo. Ele viajou para a Austrália no ano passado para visitar a irmã e o cunhado e fazer um curso de inglês numa escola de Bondi Junction, um bairro no sul da cidade. Ele planejava ficar em Sydney pelo menos até junho deste ano.
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