Durante uma cerimônia solene realizada na sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Chávez antecipou, além disso, uma reestruturação de seu gabinete com a nomeação de seu até agora chanceler, Nicolás Maduro, como vice-presidente em substituição de Elías Jaua, que passou a liderar a linha de candidatos governistas para as eleições regionais do próximo dia 16 de janeiro.
Após receber, entre aplausos e alguns gritos de "vitória popular", a ata que credencia seu triunfo e a extensão de seu mandato por seis anos das mãos do presidente do CNE, Tibisay Lucena, o governante se comprometeu imediatamente a dar "mais força e mais vida" a seu projeto socialista.
"É preciso corrigir muitas coisas", admitiu o presidente no discurso que pronunciou após anunciar-se que no pleito do domingo alcançou um total de 8.136.637 de votos frente os 6.499.575 votos de seu principal rival, o líder opositor Henrique Capriles (44,13%).
"Até esta semana temos Elías como vice-presidente. Foi um excelente vice-presidente. Obrigado, Elías", disse Chávez, acrescentando que "não recomendo a ninguém que seja vice-presidente da República" ao ressaltar que não é "fácil" assumir tal cargo.
"Por isso, quero uma salva de aplausos de apoio, de estímulo ao novo vice-presidente que é Nicolás Maduro", declarou o presidente, vestido com terno negro e gravata vermelha.
Em seu discurso de quase uma hora, antecipou que como governo estão obrigados "a acelerar as respostas eficientes e a solução aos milhares e milhares de problemas que ainda afetam o povo venezuelano".
"O período de governo que começará constitucionalmente no próximo 10 de janeiro de 2013 deve ser um período de maior avanço, de maiores conquistas, de maior eficiência nessa transição do capitalismo, do neoliberalismo ao socialismo que é a democracia", acrescentou Chávez, que chegou acompanhado à sede do CNE por sua filha Rosa Virgínia, seus ministros e outros funcionários.
Comentou que durante a última campanha "a direita" utilizou "o recurso de superdimensionar" ou "utilizar as falhas, as necessidades, as reivindicações" de um povo, que, segundo disse, "ainda leva sobre seus ombros 500 anos de dominação, 200 anos de capitalismo selvagem, de roubo".
No entanto, "mais de oito milhões de consciências disseram não, não acredito em você, eu acredito no socialismo", destacou o chefe de Estado, em alusão a seu triunfo nas urnas.
Ressaltou que o povo venezuelano "amadureceu tanto politicamente que agora a direita venezuelana se vê obrigada a disfarçar-se de esquerda para buscar os votos do povo".
O agora presidente reeleito formulou uma convocação àqueles que não compartilham a tese do socialismo ao assegurar que nesse projeto "tem lugar para todos os setores da vida nacional", mas esclareceu que só para aqueles que "querem uma Venezuela soberana, livre, independente, desenvolvida".
"Estamos decididos agora mais que ontem a completar a fundo a Constituição Bolivariana e a cumprir o socialismo bolivariano do século 21", ressaltou Chávez e especificou que "se impõe uma renovação no projeto socialista". EFE
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