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Internacional
Sexta - 12 de Outubro de 2012 às 23:36

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O Talibã reforçou intenção de matar a paquistanesa de 14 anos que sofreu uma tentativa de assassinato por denunciar em blog atos de violência do movimento, segundo o "New York Times".

A jovem Malala Yusufzai foi baleada quando saia da escola na terça-feira (9).

Sua família recebeu nesta sexta-feira uma visita do primeiro-ministro paquistanês Raja Pervez Ashraf. Ele chamou a garota de "A verdadeira face do Paquistão" e disse que os próximos dois dias serão criticos para sua recuperação, relata o jornal.

O Ministro do Interior, Rehman Malik, disse que as autoridades identificaram dois suspeitos, que ainda não foram capturados. Cerca de 70 pessoas foram interrogadas, incluindo o motorista do ônibus que Malala estava prestes a pegar, e algumas foram presas, relatou Malik, segundo a publicação.

Foto sem data de Malala Yousafzai (Foto: Reuters)
Foto sem data de Malala Yousafzai (Foto: Reuters)

A jovem está hospitalizada no Instituto de Cardiologia do exército na cidade de Rawalpindi, perto de Islamabad, para onde foi transferida de helicóptero a partir de Peshawar nesta quinta-feira (11). Os médicos ainda cogitam transferi-la para um hospital no exterior.

Estudantes paquistanesas rezam pela recuperação de Malala nesta sexta-feira (12) (Foto: AP)
Estudantes paquistanesas rezam pela recuperação de Malala nesta sexta-feira (12) (Foto: AP)

Malala Yusafzai é conhecida no exterior por seu blog em urdu no site da BBC desde 2009, quando com apenas 11 anos denunciava os atos de violência cometidos pelos talibãs, que incendiavam escolas para meninas e assassinavam seus opositores no vale do Swat.

No ano passado, a adolescente recebeu o primeiro Prêmio Nacional da Paz criado pelo governo paquistanês.

O Paquistão, país muçulmano de 180 milhões de pessoas, experimenta um aumento no fundamentalismo religioso e está na linha de frente da guerra americana contra o terrorismo.

As regiões tribais do noroeste do país, apoiadas pelo Afeganistão, são consideradas como um santuário para os talibãs e movimentos ligados à Al-Qaeda.






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