Arenápolis News - arenapolisnews.com.br
Nacional
Sábado - 13 de Outubro de 2012 às 08:35

    Imprimir


Dimitria lutou pela saúde durante nove meses após o acidente na Flórida, EUA. (Foto: Arquivo Pessoal)
Dimitria lutou pela saúde durante nove meses após o acidente na Flórida, EUA. (Foto: Arquivo Pessoal)
Vai ser sepultada na manhã deste sábado (13) no Cemitério Parque das Paineiras, no bairro Gurilândia, em Taubaté, a jovem de 21 anos que morreu em Manaus na última terça-feira (9) depois de enfrentar uma internação de nove meses nos Estados Unidos, após sofrer um acidente de trânsito no país.

O corpo de Dimitria Rocha Carvalho chegou a Taubaté durante a madrugada deste sábado (13) e está sendo velado no mesmo local do sepultamento, que vai ocorrer no final da manhã, por volta das 11h30.

A jovem estudava Engenharia Mecânica na Universidade de Taubaté (Unitau) e desde março do ano passado estava em Pompano Beach, na Florida, onde foi morar com namorado para estudar inglês.

Quase um ano depois da chegada ao país, no dia 24 de janeiro de 2012, ela se envolveu em um acidente de trânsito. A moto que pilotava bateu de frente com um carro e ela teve a veia cava perfurada, lesão nos tendões dos dois braços, danos no fígado e no baço, além de uma fratura no fêmur.

A jovem passou três meses na UTI e sofreu 11 intervenções cirúrgicas. Ao apresentar melhora, ela foi encaminhada para o semi-intensivo. De acordo com a família, Dimitria apresentou melhora significativa com o passar do tempo, voltou a andar com o apoio de andador, começou a comer sozinha, falar, escrever, não perdeu sensibilidade motora e nem teve sequelas.

A família relata ainda que após um determinado tempo ela foi transferida para um quarto comum, onde esperava cicatrização para uma possível volta para o Brasil, e os parentes foram proibidos de dormir com Dimitria e as visitas passaram a ser reguladas pelo hospital.

Mas, durante a recuperação ela teve uma parada cardíaca e o seu quadro de saúde piorou. De acordo com a família, foi neste momento que começou a pressão do hospital para a transferência da jovem para o Brasil, já que a dívida da internação e tratamento já passava de US$ 4 milhões. Apesar da exigência do hospital a família não queria a transferência, pois acreditava que a estudante não tinha condições para a longa jornada da viagem, e pediram mais um mês de internação que foi negado.

Negligência
Depois de uma negociação com a assistente social e a diretora do hospital, a família acabou convencida de que Dimitria já estava preparada para a viagem, e que seriam oferecidos todos os cuidados necessários e um avião UTI com voo direto para São Paulo, o que custaria US$ 70 mil.

Porém, a família diz que o transporte foi feito em um jatinho executivo onde foi improvisada uma UTI, e para abastecer o avião o piloto foi forçado a parar três vezes. Na terceira, em Manaus, foi quando Dimitria começou a passar mal. O voo saiu da Florida às 10 horas do dia 9 de outubro, e chegou em Manaus às 18h13.

Segundo a mãe da jovem, o transporte da filha foi feito de maneira negligenciada, tanto por parte do hospital quanto do médico que assinou a transferência mesmo sabendo que a paciente não tinha condições de viajar.

Ainda não se sabe o que levou à morte de Dimitria, mas de acordo com a família, a jovem estava desacordada antes mesmo da ambulância da Infraero prestar o socorro. A morte foi decretada às 23 horas da terça-feira.





Fonte: Do G1

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/28774/visualizar/