Para o treinador, outros times brasileiros precisam se aliar ao Santos para que o movimento ganhe força. "Depende dos clubes também. Eles formam os jogadores, pagam os seus salários. Então, eu acho que é justo mesmo que se pense nisso (a elaboração de um novo calendário). Tem que se olhar com mais carinho o lado dos clubes", afirmou Muricy.
O treinador utilizou o exemplo dos campeonatos nacionais europeus, que são paralisados quando as seleções de seus países disputam amistosos ou competições oficiais, como o principal argumento para que os cronogramas de torneios no Brasil sejam revistos.
"Na Itália, assim como na Europa toda, o campeonato é interrompido. No mundo é assim. Os clubes é que precisam determinar se a competição deve parar ou não. No mundo todo é assim. Se existem datas disponíveis, devemos mexer. Não é possível só nós estarmos certos e que o mundo inteiro esteja errado", comentou.
Acompanhando o pensamento do presidente do Santos, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, Muricy Ramalho acredita que o esforço para a manutenção de Neymar no futebol brasileiro merece uma recompensa por parte da CBF.
"O Santos fez um sacrifício muito grande para segurar o maior atleta do nosso futebol no país. Isto é importante para o futebol brasileiro, não apenas para o Santos. Com ele em campo, o público é maior e o interesse do torcedor, independentemente da equipe pela qual torce, também. O futebol fica mais bonito. É preciso que se pense como podemos resolver essa questão o quanto antes", encerrou.
O estudo feito por Somoggi deve ficar pronto até o fim do ano, para que o Santos leve a alternativa de mudança no calendário para a avaliação de outros times brasileiros. Desta forma, a cúpula do Santos pretende fazer alguns ajustes na proposta, antes de levá-la para a análise da CBF.
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