No ato de juramento de novos ministros que Chávez liderou neste sábado no palácio presidencial de Miraflores, finalmente se informou que Maduro vai continuar sendo o chanceler do país, um cargo que ocupa desde agosto de 2006.
Chávez mudou os titulares de vários ministérios de seu Gabinete visando as eleições regionais de dezembro nas quais, entre outros, mandou seu vice-presidente, Elías Jaua, e não tinha revelado até hoje quem ocuparia a Chancelaria do país que, finalmente, vai continuar nas mãos de Maduro.
"Hoje o senhor está me colocando em um posto de luta de muita responsabilidade, de muito trabalho, de muita exigência e o agradeço pela confiança, mas também todo o processo que dedicou a cada um de nós para nos ensinar a construir desde o Governo o poder popular", disse Maduro ao tomar a palavra.
A ponto de completar 50 anos e após seis anos de intensa e dedicado trabalho como ministro das Relações Exteriores, Maduro substituiu Elías Jaua e foi juramentado também como novo vice-presidente do país, uma figura-chave no caso de a doença de Chávez voltar à cena.
O novo vice-presidente também disse que - após as eleições presidenciais do último domingo, nas quais Chávez foi reeleito por 55,26% - a Venezuela tem claro seu rumo, um projeto de pátria, um povo em acordo e "um líder, temos um chefe".
"A única coisa que nos falta é ter mais vontade, melhores métodos de trabalho e sermos mais eficientes", continuou.
Chávez cumprimentou Maduro e agradeceu Jaua por sua dedicação e honestidade e reconheceu que fez as mudanças nos ministérios com a vista posta nas eleições regionais do próximo dia 16 de dezembro.
Maduro (Caracas, 1962) foi criado na popular localidade de El Valle e, após anos como motorista do Metrô de Caracas, integrou a direção do partido que lançou Chávez ao poder em 1999, foi deputado e presidente.
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