Cabral diz que polícia permanece no Jacarezinho mesmo sem UPP
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, garantiu que o Estado não vai abandonar a comunidade do Jacarezinho após a invasão policial ocorrida na manhã deste domingo. Em princípio, a ação seria mais intensa em Manguinhos, Mandela e Varginha, para a instalação da UPP. "Nós não vamos abandonar o Jacarezinho. Não sei se a polícia Civil ou Militar (vai ficar), mas não sairemos de lá", garantiu o governador, que confirmou que em dezembro será instalada a UPP de Manguinhos e, para janeiro, a do Jacarezinho.
Cabral disse que pretende retomar as indústrias da região, desapropriar terrenos para a construção de moradias e confirmou que vai desapropriar a refinaria de Manguinhos, que, segundo ele, hoje funciona apenas como depósito de etanol. "Vamos inaugurar até o fim do ano um cinema 3D na região e valorizar uma área que estava abandonada pelo poder público", disse.
Realidade
As Unidades de Polícia Pacificadora começaram a ser instaladas em 2008, no Rio de Janeiro, na tentativa de aproximar a população e a polícia, fortalecendo as políticas sociais nas comunidades, segundo as autoridades fluminenses. O esforço é para recuperar os territórios ocupados por traficantes e milicianos.
A ideia é instalar UPPs não só na capital como também em cidades que apresentam problemas semelhantes. No total, com a operação de hoje, serão 29 UPPs instaladas no Rio.
A Secretaria de Segurança do Estado informou que mais de 280 mil pessoas são beneficiadas pelas unidades. A polícia comunitária é a execução da estratégia de parceria entre a população e as instituições da área de segurança. Cerca de R$ 15 milhões serão investidos pelo governo do Rio em qualificação na Academia de Polícia para que, até 2016, sejam formados cerca de 60 mil policiais no Estado.
Com informações da Agência Brasil.
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