"Ainda não sabemos como eles [siameses] vão ficar depois da cirurgia e os médicos falaram que não sabem se vão sobreviver", disse a avó Railda Almeida Santos, ao contar que a grande preocupação da família é em relação aos órgãos que são divididos pelos dois, como o órgão genital, por exemplo, que só tem um. Os siameses são perfeitos do abdômen para cima, mas são unidos da cintura para baixo.
Os gêmeos foram internados neste domingo (14) para a cirurgia. Antes disso, foram submetidos a uma série de exames para verificar o risco da separação. "Eles foram para São Paulo no dia 7 do mês passado e estavam fazendo os últimos exames antes da cirurgia", contou a avó. Conforme ela, apenas o pai e a mãe dos bebês foram até a capital paulista acompanhar a cirurgia. "Queria muito estar lá, mas não pude. Só que a todo momento o meu filho me liga para contar o que está acontecendo", afirmou Railda, que mora em Primavera do Leste.
Os pais descobriram a deficiência durante os três meses de gravidez quando foi identificado que os bebês estavam sendo formados juntos. Com isso, a família que morava no município de Juara, a 690 quilômetros da capital, decidiu se mudar para Primavera do Leste e ficar perto dos familiares. Durante o período de pré-operatório, os pais das crianças contaram com doações para custear as despesas com viagens, alimentação e hospedagem em São Paulo.
Antes da cirurgia, os siameses passaram por um procedimento para a retirada de uma hérnia no intestino em março deste ano no Hospital das Clínicas, em São Paulo, e também ficaram internados para o tratamento de uma infecção genital em julho deste ano.
Comentários