Um dos exemplos da origem destas lesões é ousar durante a transa e experimentar posições que forçam o corpo de uma maneira que ele não suporta, causando dores nas costas, nos pulsos, pescoço e joelhos, por exemplo.
Apesar de o Brasil não ter pesquisas e estatísticas sobre o assunto, países como os Estados Unidos descrevem números, idades e lesões mais comuns. Segundo o quiropraxista Jason Gilbert, os casos de fraturas são muito comuns no País, mas as pessoas costumam não informar aos médicos qual a real causa do problema. “Muitas pessoas descobrem que têm problemas na coluna quando travam durante o ato sexual e isso é mais comum do que pensamos”, explicou ao Terra.
Uma pesquisa inglesa, por exemplo, listou em quais ambientes o risco de ter lesões musculares e ósseas é maior. Em primeiro lugar, está o sofá como local em que os malabarismos podem deixar dores no dia seguinte. Em seguida, a escada, o carro e o chuveiro, onde ocasionalmente podem acontecer escorregões e machucados nos pulsos e tornozelos. “No carro, a pessoa tem que manobrar e se posicionar em locais apertados e que não dão apoio, como o vão entre as poltronas, por exemplo”, disse Jason.
Hematomas e ralados podem aparecer também depois de uma transa no chão e, normalmente, em carpetes e tapetes, locais onde o joelho, por exemplo, pode ficar por um longo período na mesma posição e sendo friccionado.
Além dos lugares, as posições e os movimentos bruscos e repetitivos também podem deixar lembranças ruins na manhã seguinte. “Devido aos hormônios e ao prazer, geralmente as pessoas não sentem os sinais que estão se machucando e depois dos movimentos repetitivos podem travar a coluna”, comentou o quiropraxista.
Segundo ele, os homens têm mais tendência para sofrer lesões do que as mulheres porque fazem mais força durante o sexo. “O modo que ele posiciona a bacia para poder encaixar bem coloca mais carga em certas posições”, explicou.
Por isso, em geral, as posições em que a pessoa que está sentindo dores nas costas ou é mais sensível fica embaixo são mais indicadas. Assim como usar apoios, como o travesseiro, por exemplo. “A pessoa que está machucada não deve forçar demais a bacia, nem contrair o abdômen. Ela deve estar mais passiva”, comentou Jason.
Assim, posições em que a mulher fica por cima ajuda a aliviar a força que, usualmente, os homens fazem mais. Equilibrar o peso e ter apoio nas relações em pé e de joelhos também são dicas que podem evitar futuros problemas.
Outra dica é entender as limitações e encarar diferenças de pesos e tamanhos entre o casal. “Se um homem transa com uma mulher mais pesada não deve tentar carregá-la ou transar de pé”, esclarece.
“Escolher colchões mais firmes é melhor também, porque colchão muito mole não dá apoio”, explicou. E, por fim, “se algo doer, mude a posição”, disse Jason Gilbert.
Comentários