Integrantes da New Hit respondem a processo em liberdade, o que já gerou dois protestos
Pagodeiros acusados de estupro devem ser julgados somente em 2013
Os integrantes da banda de pagode New Hit devem ser julgados somente em 2013. De acordo com o advogado dos acusados, Kleber Andrade, e o delegado Marcelo Cavalcanti, a Justiça não deve agilizar o processo em tempo para que a decisão saia ainda neste ano.
Os acusados respondem em liberdade por estupro e formação de quadrilha. Segundo a polícia e o Ministério Público da Bahia, o abuso contra duas menores de idade teria ocorrido depois de um show na cidade de Ruy Barbosa, no interior da Bahia, no dia 26 de agosto. Um dos acusados é um policial militar que fazia bico como segurança da banda e foi denunciado por não impedir o crime. Ele voltou à corporação, mas fará apenas serviços administrativos.
As vítimas são duas adolescentes de 16 anos. Depois da denúncia, elas dizem ter sofrido ameaças de morte por celular e tiveram as casas vigiadas por carros "suspeitos". Por causa disso, elas tiveram que mudar de escola, de casa e cortar vínculo com amigos. Hoje, as duas estão sob proteção do Programa para Crianças e Adolescentes, e recebem acompanhamento psicológico e policial.
O laudo da polícia técnica não aponta quem teve relações sexuais com as adolescentes. Segundo o Ministério Público, pela quantidade de sêmen encontrada nas roupas delas, foram pelo menos duas pessoas com cada uma das jovens. Só o resultado dos exames de DNA vai revelar a identidade dos agressores. O resultado pode demorar 60 dias.
Protestos
Pelo menos dois protesto já ocorreram contra a soltura dos acusados. Na terça-feira (16), um grupo de cerca de cem pessoas, a maior parte mulheres, fez um protesto em frente ao condomínio em que mora o vocalista da banda New Hit, Eduardo Martins, em Guarajuba (BA). A casa do vocalista fica dentro de um condomínio fechado. O protesto foi na portaria do local.
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