A bolsa acumula queda de 0,4% na semana e 0,43% no mês. No ano, Bovespa tem valorização de 3,82%.
"A bolsa acompanhou o clima mais cauteloso do exterior, que tem a ver com a temporada de balanços dos Estados Unidos", disse o economista Silvio Campos, da Tendências Consultoria.
Os resultados trimestrais das gigantes norte-americanas General Electric e McDonald"s decepcionaram investidores e pesaram nos mercados, somando-se aos fracos balanços de Microsoft e Google na véspera. Além disso, a falta de avanço concreto na reunião de cúpula da União Europeia também tirou o apetite de investidores por ativos de risco.
"Embora o ambiente internacional não esteja pessimista, o quadro ainda é instável e existem muitas incertezas que limitam uma recuperação mais firme da bolsa", acrescentou Campos.
Em Wall Street, o Dow Jones caiu 1,52% e o S&P 500 teve queda de 1,66%. Mais cedo, o principal índice europeu de ações fechou em baixa de 0,78%. A queda dos mercados ocorre no 25º aniversário da "segunda-feira negra" de 1987, quando o Dow Jones afundou 22,6% e registrou sua maior queda diária da história.
Ações
Dentre as blue chips brasileiras, a preferencial da Vale teve queda de 1,72%, a R$ 35,53, e a da Petrobras perdeu 1,11%, a R$ 22,25. Já OGX subiu 0,57%, a R$ 5,27.
Liderando as perdas do índice, destaque para as empresas do setor de construção Gafisa e Brookfield, com queda de 5,92% e 5,29%, respectivamente. Cia Hering caiu 5,04%, a R$ 44,11, após ter reportado na véspera fraco resultado trimestral.
Em sentido oposto, ações do setor elétrico lideraram os ganhos do índice --Cemig subiu 2,95% e Cesp teve alta de 2,28%.
Para a semana que vem, investidores aguardam a divulgação de balanços corporativos de peso no Brasil, incluindo os resultados de Vale e Petrobras e dos bancos Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil. "Ninguém quer assumir posição agora em bolsa, antes de balanços de empresas com grande peso no índice", disse um operador de uma corretora paulista. "Esse clima de cautela se reflete no fraco volume da bolsa hoje."
O giro financeiro do pregão foi de R$ 6,25 bilhões, abaixo da média diária de 2012, de R$ 7,3 bilhões.
Horário de verão
A BM&FBovespa decidiu que não vai alterar este ano o horário de funcionamento do pregão regular por causa do horário de verão brasileiro, que começa na madrugada do dia 21. A Bovespa (segmento ações) continuará funcionando das 10h às 17h.
Desta forma, haverá um descolamento em relação ao horário das bolsas americanas, que passarão a funcionar, pelo horário de verão brasileiro, das 11h30 às 18h, a partir de 22 de outubro.
Na BM&F, a negociação de contratos de Ibovespa Futuro também foi mantida no esquema atual, das 9h às 18h.
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