Riva revela que CPI apura repasse a Terezinha

Considerado um dos principais caciques da política mato-grossense, o social-democrata declarou, logo após a coleta das 12 assinaturas necessárias para iniciar os trabalhos, que a CPI não é contra Governo, que na sua avaliação, tem se esforçado para recuperar o MT Saúde. “Queremos saber as circustâncias em que a ex-primeira-dama foi ressarcida. A família Maggi é uma das mais abastadas de Mato Grosso e não precisa receber dinheiro do plano criado para atender o funcionalismo”, argumentou.

A coleta das assinaturas foi feita pelo deputado Walter Rabelo (PSD), do mesmo partido de Riva. Pela tradição do Parlamento, tudo indica que Rabelo presidirá a CPI porque propôs sua instalação. O senador Blairo Maggi declarou que apoia a instalação da CPI do MT Saúde, publicada no Diário Oficial desta quarta (24). Maggi também sustenta que sua esposa está à disposição para prestar esclarecimentos sobre o ressarcimento de R$ 204 mil. “O assunto já foi esclarecido mas, se necessário, novos esclarecimentos serão prestados.

Já o candidato a prefeito Mauro Mendes (PSB) não acredita que a CPI investigará Terezinha Maggi em retaliação ao apoio do senador e da ex-primeira-dama a sua campanha para prefeito de Cuiabá. “A ex-primeira-dama, que ocupava uma secretária de Estado, tinha direito ao ressarcimento repassado diretamente aos hospitais. O que os deputados precisam investigar é o destino dos recursos do MT Saúde, que tem deixado o funcionalismo sem a devida assistência” disse.

Mauro ainda defende que, ao invés de se preocupar com o repasse a Terezinha Maggi, o deputado Riva deveria se empenhar para a Assembleia autorizar o STJ a processar o governador Silval Barbosa (PMDB). “É uma questão de transparência. Não há o que temer”, enfatizou.

O deputado Walter Rabelo explicou que a crise do MT Saúde já perdura há muito tempo e que os dados do Instituto ainda não são claros. Por isso, pretende averiguar a situação administrativa, financeira contábil e operacional do plano de saúde dos servidores públicos e seus dependentes. "O repasse que o Estado faz de R$ 118 milhões anuais é três vezes o que seria suficiente para custear a Unimed, por exemplo", concluiu o proponente da CPI .

O deputado Riva se manifestou na tribuna amenizando a declaração de que um dos alvos da CPI do MT Saúde será o repasse de R$ 204 mil a ex-primeira-dama e secretária de Estado Terezinha Maggi referente a tratamento de saúde feito por ela em 2009. O parlamentar disse que, caso o repasse tenha sido legal, os questionamentos cessarão.