O delegado Esperândio (detalhe) investiga os crimes; corpos foram queimados em tambores
A Polícia Civil está intensificando as investigações sobre o assassinato de três homens, na periferia de Várzea Grande, na sexta-feira (19). Eles desapareceram praticamente no mesmo horário e as suspeitas é de que três corpos encontrados carbonizados, dentro de tambores, à noite, sejam deles.
A Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga os crimes em várias linhas - uma delas aponta para a possibilidade de envolvimento de policiais militares.
A Polícia informou, nesta quarta-feira (24), que obteve indícios de ligação entre os três rapazes desaparecidos.
Em depoimento, testemunhas disseram ter visto dois deles – Jonas Maturino Rodrigues da Silva e Washington de Almeida, de 33 anos -, no bairro 13 de Setembro, minutos antes de desaparecerem.
Eles teriam sido abordados por policiais militares, que, em seguida, os dispensaram. Minutos depois, teriam sido vistos entrando numa viatura e desapareceram.
Antes, os dois teriam se encontrado, numa rua do bairro, com Zenildo Benedito Mendes, de 21 anos, que morava no bairro Jardim Icaraí, conforme informações de moradores. Os dois bairros fazem fronteira.
Os três já teriam sido vistos juntos, em várias oportunidades, segundo as informações.
De acordo com agentes da DHPP, Jonas morava no bairro 13 de Setembro e estaria no Jardim Icaraí para visitar a sogra.
Washington, por sua vez, estaria numa motocicleta Honda Titan. Ele residia no Jardim Glória, do outro lado da cidade, mas, como morava sozinho, os familiares não sabiam o que ele estava fazendo no Icaraí.
Exame de DNA
A partir desta quinta-feira (25), as investigações dos três casos serão unificadas e estarão a cargo do delegado Antônio Esperândio, originalmente, responsável pelos trabalhos de identificação da autoria do homicídio de Zenildo. Com isso, será possível saber se a autoria dos três homicídios é a mesma.
Uma das primeiras medidas do delegado será o pedido de exame de DNA dos dois corpos carbonizados encontrados numa região de cascalheira, no bairro 13 de Setembro.
Esperândio deverá solicitar coleta de material genético de familiares de Jonas e de Washington.
No final da manhã desta quarta-feira, a mãe de Washington, que esteve na DHPP, confirmou que o filho estava com a motocicleta que desapareceu e que conhecia apenas Jonas.
“É possível que ele conhecia o outro (Zenildo), pois não morava mais comigo. Em relação ao Jonas, os dois se conheciam, sim”, assegurou.
A mulher disse à Polícia que desconfia que a motocicleta do filho tenha sido jogada dentro da lagoa, onde dois corpos foram jogados.
Ela disse que ainda não terminou de pagar as prestações da moto.
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