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Política
Sábado - 27 de Outubro de 2012 às 08:58

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Olhar Direto
Delegado Dennis Maximino afirma que auxiliou no trabalho de investigação sobre compra de voto
Delegado Dennis Maximino afirma que auxiliou no trabalho de investigação sobre compra de voto

A suposta apreensão de uma quantia milionária que poderia ser usada nos últimos três dias da campanha eleitoral em Cuiabá causou espécie e estranheza nos bastidores da sucessão municipal.

A reportagem do Olhar Direto apurou e tem informações seguras de que houve uma apreensão de um valor, embora a Polícia Federal negue. Não se tem informação precisa se o valor de R$ 8 milhões, denunciado, a partir da Ouvidoria do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), veio em avião de carreira ou avião fretado.

Independente de quem seria seria o beneficiado por esses recursos, o fato é que a quantia deveira ser usada para compra de voto, ou seja, o famoso caixa dois de campanhas. A PF evita comentar o caso. Pelo menos a Policia Federal Trabalha com essa hipótese.

O delegado de plantão Dennis Maximino informou na noite desta sexta-feira para a reportagem que "colheu dados como se fosse uma denúncia" do advogado José Antônio Rosa, assessor jurídico da coligação de Mauro Mendes (PSB), "com outros indícios" sobre a denúncia do TRE-MT.
 
Ele afirmou que não fez diligências e negou conhecimento pelo teor da denúncia, função que cabe ao titular responsável pela investigação de crimes eleitorais, delegado Cristiano Nascimento dos Santos.

O advogado saiu da PF nesta noite e disse que não poderia informar detalhes de "nomes, endereços e locais de compra de voto" porque a polícia está com investigação em andamento.

A investigação

A investigação da Polícia Federal começou nesta sexta-feira após a denúncia da Ouvidoria do TRE-MT. O denunciante não é anônimo, mas seu nome está em sigilo. Ele detalhou que entre segunda e terça-feira houve aporte financeiro irregular de R$ 8 milhões captados em factoring para uma das duas campanhas do segundo turno.

Além das diligências em Cuiabá, foram feitas outras em Cáceres e Campo Grande (MS), segundo o assessor jurídico da campanha de Mauro Mendes, advogado José Antônio Rosa. Ele afirma que há dois dias tem municiado o Tribunal Regional Eleitoral e a Polícia Federal sobre "pequenos indícios de compra de voto".

O delegado da PF Cristiano ouviu cerca de 12 pesssoas nesta sexta-feira para apurar a denúncia. Entre eles, os membros dos comitês financeiros das duas campanhas, e o capitão da PM Marcos Antônio. A PF chegou até ele após cruzar informações e fazer diligências. Ele trabalharia com Eder Moraes, de acordo com fontes da polícia. O capitão disse ao Olhar Direto que "não tem nada a declarar".

Eder afirma que a denúncia é uma forma de dissimular "operação de empréstimo feita pela campanha de Mauro Mendes em uma factoring há três dias". "Defendo investigação extrema e se a Polícia Federal fizer o serviço de apuração de inteligência, vai descobrir quem financiou quem", disse à reportagem do Olhar Direto
no meio da tarde. Ele nega que tenha qualquer envolvimento com o que é investigado.

O coordenador da campanha de Lúdio Cabral (PT), deputado Alexandre César, afirmou via assessoria que da mesma forma que os adversários têm informação sobre compra de voto, a coligação petista também tem e as encaminhou para autoridades investigar.

"Estamos recebendo informação sobre locais de compra de voto e passamos para órgãos competentes para apuração. Acreditamos na justiça e no trabalho da Polícia Federal e esperamos que seja apurada e coibida a compra de voto", disse via assessoria.

Na tarde desta sexta-feira, Alexandre e o advogado da coligação, José do Patrocínio, encabeçada pelo candidato Lúdio Cabral, teve reunião com presidente do TRE-MT, desembargador Rui Ramos, para saber quais medidas seriam tomadas para coibir compra de votos.

 






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