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Sábado - 27 de Outubro de 2012 às 21:59

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Sem vencer há 15 anos no Beira-Rio, o Palmeiras até abriu o placar neste sábado, no Beira-Rio. Mas cedeu a virada, perdeu por 2 a 1 e agora, nas contas de sua comissão técnica, precisa vencer quatro dos cinco jogos que faltam no Campeonato Brasileiro para evitar o rebaixamento.

Em antepenúltimo lugar, o Verdão tem que torcer para o Grêmio vencer o Bahia ainda neste sábado, em Salvador, para manter a distância de quatro pontos para o primeiro clube fora da faixa de descenso, além de secar o Sport diante do São Paulo em Pernambuco. O Colorado, por sua vez, chegou a 51 pontos, assumindo a quinta posição e torcendo para o Tricolor paulista perder para ficar a quatro pontos do G-4.

Em Porto Alegre, o time de Gilson Kleina foi mais eficiente ao atacar no início do jogo e marcou em cabeçada de Luan aos 21 minutos. O Inter, contudo, igualou antes do intervalo, com Fred aproveitando falha da defesa rival aos 34 e, no segundo tempo, Rafael Moura, desmarcado, fez 2 a 1 aos nove minutos.

Na próxima rodada, o Palmeiras segue em sua luta para não disputar a Série B diante do Botafogo, no dia 4, às 17 horas (de Brasília), em Araraquara. Já o Colorado visita o Náutico no mesmo dia, às 19h30, no Recife.

O jogo - O Palmeiras justificou logo nos primeiros minutos da partida a razão da escolha por Wesley e a troca do 4-3-3 pelo 4-4-2. Gilson Kleina escalou o volante, em seu segundo jogo após quase sete meses em recuperação de cirurgia no joelho direito, para povoar o meio-campo. Ao lado de João Denoni, Marcos Assunção e também com a chegada de Luan no setor, a armação do Inter tinha dificuldades.

Os anfitriões ficaram cerca de dez minutos tentando, em vão, achar espaços na defesa do Verdão. Rafael Moura e Forlán se movimentavam, mas estavam sempre entre Henrique, Mauricio Ramos e os laterais Artur e Leandro, que pouco avançavam. Fred mal conseguia tocar na bola enquanto D"Alessandro era o único a tentar algo mais perigoso, indo de um lado a outro e usando seu drible. Faltava, porém, eficiência.

Bem armado na defesa, o Palmeiras apostava na força física de Luan e, principalmente, na velocidade e habilidade de Patrick para contra-atacar e levar a bola a Barcos. E foi em ação do trio que o primeiro lance perigoso ocorreu: aos 12 minutos, o argentino afastou escanteio do Inter nos pés de Patrick Vieira, que lançou Luan e o atacante devolveu para o meia, de frente para Muriel, finalizar em cima de Muriel.

O lance fez o time de Gilson Kleina acordar para o ataque, tanto que, logo na sequência, Barcos sofreu falta que Marcos Assunção cobrou com perigo - Muriel defendeu. O Inter só conseguiu responder com Rafael Moura ganhando dividida pelo alto, mas era pouco para o dono da casa.

O Verdão dava mais trabalho quando ia ao ataque. E foi mais eficiente primeiro do que o adversário. Aos 21 minutos, Marcos Assunção cobrou escanteio pela esquerda, a bola desviou na primeira trave e sobrou para Luan, como um centroavante, subir mais do que seu marcador e cabecear firme. Muriel ainda tocou na bola, mas, trombando com Guiñazu, não evitou que ela tocasse suas redes.

No desespero, o Inter conseguiu, enfim, assustar, primeiro com Rafael Moura, logo depois da saída de bola, obrigando Bruno a espalmar em seu canto direito. No escanteio, na sequência, Forlán chutou rente ao ângulo esquerdo, provando que o Colorado, com mais vontade, é decisivo.

O Palmeiras, contudo, continuava levando perigo na frente, como aos 24 minutos, quando Patrick Vieira escapou de uma marcação tripla e Barcos só não fez porque Muriel salvou. Estava claro, porém, que a partida estava aberta, tanto que Bruno voltou a trabalhar bem em cobrança de falta de D"Alessandro.

Em meio ao equilíbrio, um vacilo seria falta. E ocorreu com Artur. Aos 34 minutos, Após Índio vencer disputa com Patrick Vieira pelo alto no círculo central, o lateral direito, desequilibrado, deixou a bola com Rafael Moura, que tocou na ponta esquerda para Guiñazu. O argentino cruzou para o centroavante, que não conseguiu cabecear com força, mas a bola sobrou para Fred, completamente desmarcado, empatar.

Logo após o gol do Inter, Artur teve a chance de se redimir, ao desarmar Kleber na grande área adversária, mas acabou chutando fraco, de canhota, nas mãos de Muriel. E o primeiro tempo, apesar da vontade e movimentação dos dois lados, não teve mais gols.

Para buscar a vitória diante de sua torcida, Fernandão quis impor mais domínio de bola na frente trocando Nei por Elton na lateral direita. Mas o ganho no ataque veio com a postura menos aguerrida do Palmeiras na marcação, tanto que logo aos dois minutos Kleber teve espaço para deixar Forlán livre na frente de Bruno, mas perdendo o gol.

Aos nove minutos, o espaço do Inter para tocar a bola foi fatal. Forlán deixou para D"Alessandro, livre, cruzar da ponta esquerda para o também completamente desmarcado Rafael Moura ter somente o trabalho de tocar de cabeça para as redes. E sentenciar o desespero no rival.

O Palmeiras passou a cruzar bolas, levando perigo só em cabeçada de Luan. Quando balançou as redes, causou confusão: aos 17 minutos, Barcos desviou com a mão cobrança de escanteio de Marcos Assunção e paralisou a partida por cinco minutos em meio a reclamações. O árbitro, de frente para a jogada, chegou a marcar o gol, mas seus auxiliares e até o delegado da partida o alertaram da infração do argentino.

No desespero, Kleina se confundiu nas estratégias. Primeiro, colocou Maikon Leite no lugar de Wesley para jogar com pontas. Pouco depois, preferiu ter um centroavante a mais em campo sacando Luan, que atuava na ponta. O resultado disso foi a derrota palmeirense sob os gritos de "segunda divisão" dos torcedores do Inter.

 






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