Segundo a Polícia, pelo menos, a metade dos crimes tem ligação com o tráfico de drogas
Região metropolitana chega à marca de 300 execuções
Esse recorde negativo foi batido na última segunda-feira (22), com a localização de um corpo carbonizado, dentro de um tambor de plástico.
Nos últimos dois anos, o mês de outubro tem sido sempre o período em que se chega a essa quantidade assombrosa de execuções.
Faltando pouco mais de dois meses para acabar 2012, a tendência é de se fechar o ano com recorde de execuções, segundo a avaliação de um policial da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
No ano passado, os 300 assassinatos – incluindo homicídios e latrocínios (roubo seguido de morte) chegaram um pouco antes – no dia 12 de outubro. No dia 31 de dezembro, os números apontaram para 385 assassinatos.
Conforme dados da Polícia Civil, em 2010, esse número ocorreu no dia 7 de dezembro e terminou com 316 morte.
Em 2009, foi no dia 18 de novembro e, até o dia 31 de dezembro, foram contabilizados 322 assassinatos.
“Ainda faltam dois meses e meio para o término do mês. Nesse ritmo, seriam, pelos últimos meses, uns 60 a 70 homicídios. Espero que essa lógica não funcione”, observou um policial plantonista.
As estatísticas apontam que, dos 300 assassinatos, mais de três quartos foram praticados com arma de fogo – são vítimas de tiros de revólver, pistola e também espingarda.
Isso significa que, de cada quatro assassinatos, em três, as vítimas foram abatidas a tiros. O restante se completa com golpes de faca e objetos contundentes – pancadas ou golpes com madeira.
Conforme as estatísticas, cerca de metade dos assassinatos foi motivada por tráfico de drogas – de uma forma ou de outra, as vítimas estavam envolvidas com entorpecentes.
Os motivos se completam com brigas de bares nos fins de semana - na maioria dos casos, por motivos considerados banais - e também passional (relacionados a paixão).
Apesar do grande número de assassinatos, a DHPP continua com um grande índice de esclarecimento de homicídios.
No ano passado, de cada nove execuções, apenas uma ficou sem ser esclarecida. Neste ano, o índice supera os 85%.
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