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Política
Domingo - 28 de Outubro de 2012 às 17:26

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O candidato do PDT, Gustavo Fruet, foi eleito prefeito de Curitiba neste domingo (28). Ele venceu Ratinho Jr (PSC) no segundo turno da eleição municipal, e deve assumir o cargo no ano de 2013. Ele havia sido o segundo colocado no primeiro turno do pleito, mas reverteu a vantagem do adversário, obtendo a maioria dos votos válidos. Veja a apuração completa

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com 100% das urnas apuradas, Gustavo Fruet recebeu 60,65% dos votos, ou 597.200 eleitores. Ratinho Jr, por sua vez, recebeu 387.483 votos, totalizando 39,35%.

Eleições em Curitiba (Foto: Editoria de Arte/G1)
Eleições em Curitiba (Foto: Editoria de Arte/G1)

Após ser confirmado prefeito eleito, Fruet destacou os erros dos institutos de pesquisa, que colocaram o nome dele na terceira posição no primeiro turno. Ele também afirmou que já conversou com a presidenta Dilma Rousseff e com Luciano Ducci, atual prefeito da capital paranaense. “Nós vamos montar uma equipe de transição já amanhã.”

Sobre Gustavo Fruet
Gustavo Fruet nasceu em Curitiba no dia 18 de abril de 1963. O prefeito eleito de Curitiba se graduou em direito, com mestrado e doutorado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), exercendo posteriormente mandatos como vereador de Curitiba e deputado federal.

Este será o primeiro cargo de Fruet no Poder Executivo. Ele começou a carreira política sendo eleito vereador em 1996 pelo PMDB, cadeira que ocupou por dois anos. Às vésperas das eleições de 1998 ele assumiu a candidatura do pai, o ex-prefeito de Curitiba Maurício Fruet, que faleceu enquanto concorria a deputado federal. Foi eleito com 45.929 votos.

Ainda pelo PMDB, renovou o mandato em 2002 com 105.166 votos, migrando para o PSDB em 2005. Pelo novo partido foi reeleito em 2006 com a maior votação entre os deputados federais do Paraná - 210.674 votos. Fruet foi ainda candidato a uma cadeira no Senado da República em 2010, mas terminou em terceiro lugar e não se elegeu, com 2.502.805 votos. Ele trocou o PSDB pelo PDT em 2011, sob alegação de falta de espaço para construir uma candidatura do partido à Prefeitura de Curitiba.

Gustavo Fruet (Foto: Sérgio Tavares Filho/G1)Gustavo Fruet foi o candidato mais votado do segundo turno em Curitiba (Foto: Sérgio Tavares Filho/G1)

Campanha
A mudança de partido e a aliança estabelecida com o PT, que indicou a vice-prefeita eleita, Mirian Gonçalves, foi alvo de ataque dos concorrentes de Fruet durante a campanha. As investidas vieram em um primeiro momento do atual prefeito Luciano Ducci (PSB), que contou com o apoio do PSDB e classificou a mudança do pedetista como “incoerente”, em referência à atuação oposicionista de Fruet no Congresso Nacional. O prefeito eleito rebateu as críticas reforçando que a aliança com o PT se deu em virtude de afinidades “programáticas”, e sustentando que foi “traído” pela direção do PSDB.

Ducci, contudo, ficou de fora do segundo turno da eleição em Curitiba, com 26,77% dos votos válidos. Fruet ficou pouco a frente, com 27,22%, disputando o segundo turno contra o candidato do PSC, Ratinho Jr, que fez 34,09%. O concorrente também criticou a proximidade de Fruet com o PT, relacionando Fruet com parlamentares da legenda condenados no caso do Mensalão, como José Dirceu. O prefeito eleito se defendeu lembrando da atuação exercida como sub-relator da CPI dos Correios, quando obteve destaque nas investigações que culminaram no julgamento do caso no STF.

Propostas
A principal proposta defendida por Fruet durante os quatro meses de campanha foi o aumento do investimento em educação de 26% para 30% do orçamento público. Com R$ 100 milhões a mais por ano de mandato, o prefeito eleito pretende criar 15 mil novas vagas em creches, o que zeraria a fila de espera para crianças de quatro a cinco anos, além de aferir o real déficit de vagas.

Para a saúde, o prefeito eleito pretende ampliar o atendimento nas unidades para o terceiro turno em todas as regiões da cidade contratando mais profissionais. Para médio e longo prazo, Fruet pretende construir cinco unidades 24 horas em Santa Felicidade, Pilarzinho, Uberaba, Tatuquara e na Matriz.

Para a saúde, o prefeito eleito pretende ampliar o atendimento nas unidades para o terceiro turno em todas as regiões da cidade contratando mais profissionais. Para o médio e longo prazo Fruet pretende construir cinco unidades 24 horas em Santa Felicidade, Pilarzinho, Uberaba, Tatuquara e na Matriz.

Outra proposta de construção feita por Fruet foi a entrega de 15 mil moradias para população de baixa renda, além da regularização de dez mil lotes para retirar a população das áreas de risco. O prefeito eleito pretende também desburocratizar o processo de aprovação de loteamentos populares e catalogar os vazios urbanos para planejar reocupações por empreendimentos habitacionais.

Já para a segurança pública, Fruet defende um papel de polícia comunitária para a Guarda Municipal de Curitiba, com agentes nos bairros e módulos móveis. Ele se comprometeu durante a campanha a contratar pelo menos 1,5 mil novos guardas, instalar pelo menos mil câmeras de videomonitoramento, além de criar a academia da Guarda Municipal, de criar o Conselho Municipal de Segurança Pública e melhorar a iluminação da cidade.

O combate às drogas deve contar também com pelo menos 500 vagas para internamento de dependentes, através da parceria do Comitê Municipal de Prevenção ao Uso de Drogas, o Governo Federal e instituições religiosas e comunidades terapêuticas, segundo Fruet.

O prefeito eleito se comprometeu a destinar 1% do orçamento anual da Prefeitura para investimentos no setor de cultura, ampliando o quadro de funcionários e qualificando os planos de cargos e salários. Fruet quer criar um plano municipal para dez anos e fortalecer o Conselho Municipal de Cultura, além de construir o Parque da Música.

Sobre o repasse de potencial construtivo para as obras de reforma da Arena da Baixada para a Copa do Mundo de 2014, o prefeito eleito defendeu a transparência e o acompanhamento da sociedade e órgãos de fiscalização.

A expectativa de Fruet é que a atual gestão não lance o edital do metrô este ano, permitindo a realização de audiências públicas e a tomada de uma decisão técnicas sobre o melhor projeto.

A expectativa de Fruet é que a atual gestão não lance o edital do metrô este ano, permitindo a realização de audiências públicas e a tomada de uma decisão técnicas sobre o melhor projeto. Ele defende a existência de pelo menos quatro alternativas, que devem ser debatidas antes que um modelo seja determinado.

Em paralelo, o prefeito eleito pretende integrar os diferente modais de transporte, privilegiando o transporte coletivo, que deve contar com mais faixas exclusivas, linhas e quantidades de ônibus. Fruet pretende construir novos terminais na região sul e oeste para interligar a Região Metropolitana, além de reformar o Terminal do Guadalupe e o entorno. Ele se comprometeu também a construir 300 quilômetros de ciclorrotas, um terceiro anel viário, e a conclusão da Linha Verde, com novas trincheiras, viadutos e passarelas.





Fonte: Do G1 PR

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