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Cidades
Quarta - 04 de Dezembro de 2013 às 13:46

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 O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) está aplicando as provas do Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL) nesta terça e quarta feira em presídios de Mato Grosso para 370 reeducandos que se inscreveram no exame.
 
Joice Ferreira de Miranda de 26 anos faz a prova pela primeira vez e sentiu um pouco de dificuldade mas gostou de ter feito, pois ela terminou o 2° grau em 2010 dentro da unidade prisional e e viu na prova uma chance de mudança, “Esta é uma grande oportunidade de mudar de vida, gostaria de fazer arquitetura, pois gosto desta área, se eu conseguir nota vou tentar me inscrever em um curso para poder ser alguém na vida”.
 
Em Mato Grosso os inscritos foram dos presídios de Cáceres, Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Várzea Grande, e dentre os que estão fazendo a prova 267 solicitaram a certificação de conclusão de segundo grau, que pelas regras do exame, maiores de 18 anos que não concluíram esse nível de escolaridade na idade adequada e atingirem 50% da pontuação podem requerer o diploma do Ensino Médio, desde que tenham optado por isso no ato da inscrição. Os 103 restantes já concluíram e estão fazendo a prova para tentar uma vaga nas universidades e ou se encaixar em algum programa do Governo Federal como o Prouni.
 
A diretora da Penitenciaria Feminino Ana Maria do Couto May, Elizabete Ourives de Campos acredita que esta é uma ótima oportunidade das reeducandas “Vejo como uma ferramenta extra muro, para a vida ter novos horizontes além daqui de dentro. Houve uma preparação desde o meio do ano com professores, e nos últimos dias aulas de reforço”.
 
Durante a aplicação das provas que é feita por fiscais do Inep, o efetivo de servidores do sistema é dobrado para dar suporte e segurança e tudo ocorra com tranquilidade nas unidades que estão acontecendo o certame.
 
Todo o processo desde a inscrição até o acompanhamento de notas no site do Inep é de responsabilidade dos coordenadores de ensino de cada unidade prisional, que repassa as informações ao reeducando e ele decide a que vaga vai concorrer.
 
Rowayne Soares Ramos responsável pelo Plano Estadual de Educação em Prisões na Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), diz que o numero de inscritos cresce a cada ano e a intenção é aumentar ainda mais nos próximos anos “Com o passar dos anos vamos avançando e progredindo. Para o próximo ano já existe uma articulação no Minstério da Justiça e as secretarias responsáveis para se ter uma equipe específica de toda a logística para inserir os reeducados no Prouni, que é uma reinserção social” concluiu Ramos.




Fonte: SECOM/MT

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