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Política
Segunda - 29 de Outubro de 2012 às 09:02

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Embora tenha perdido, a expressiva votação deste domingo dá a Lúdio Cabral o direito de reivindicar a liderança dentro do PT mato-grossense, um partido que começa a se renovar em todo o Brasil.

O exemplo mais cristalino desta renovação é a eleição de Fernando Haddad, 49 anos, na maior cidade do Brasil. Desconhecido do grande eleitor, ele foi alçado a candidato a prefeito de São Paulo por força do ex-presidente Lula, que via desgaste em Marta Suplicy, até então a “candidata natural” do partido.

Desgaste que também atingiu os principais nomes do PT em Mato Grosso, como Carlos Abicalil e Serys Slhessarenko, ex-deputado federal e ex-senadora, respectivamente. Ela, aliás, anunciou sua desfiliação na última quinta-feira.

Serys foi o maior nome do partido desde que se filiou no final da década de 80. A partir de então, sempre reivindicou o direito de ser protagonista.

Embora adversários ferrenhos, Abicalil e Serys atingiram o ápice político juntos, na eleição de 2002, quando ela foi eleita senadora e ele, deputado federal, feito que seria repetido em 2006.

Em 2010, o antagonismo dos dois chegava ao extremo ao mesmo tempo em que a popularidade decaía. Serys reivindicava o direito de ser candidata à reeleição no Senado, mas foi atropelada por Abicalil, que se candidatou. A então senadora se contentou com a disputa pela Câmara Federal. Ambos perderam. E abriram espaço para Lúdio Cabral.

Vereador por dois mandatos, Lúdio Cabral deve sua ascensão política ao discurso coerente de oposição aos prefeitos Wilson Santos (PSDB) e Francisco Galindo (PTB). Quando já era destaque pela atuação quase solitária na Câmara, teve a seu favor o processo de concessão dos serviços de água e esgoto, votado na surdina. Lúdio, assim, ganhava um palanque.

De nada valeriam a coerência e o senso de oportunidade se Lúdio não fosse, durante as convenções, bafejado pela sorte. Ele não seria um candidato viável se, de última hora, Mauro não rejeitasse o PMDB, que teria candidato a vice em sua chapa. Abandonados pelo PSB, os peemedebistas costuraram de última hora uma aliança com o PT, repetindo os partidos que comandam o Brasil atualmente.
 






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