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Política
Segunda - 29 de Outubro de 2012 às 21:28

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Segundo a PM, segurança de deputado reagiu a um assalto  (Foto: Cristiano Borges/Jornal O Popular)
Segundo a PM, segurança de deputado reagiu a um assalto (Foto: Cristiano Borges/Jornal O Popular)
Um sargento da Polícia Militar (PM) que trabalha na Assembleia Legislativa de Goiás e faz a segurança do deputado estadual Luiz Carlos do Carmo (PMDB) matou a tiros um suposto assaltante por volta das 12h desta segunda-feira (29), no Setor Oeste, em Goiânia. Segundo informações do aspirante da PM Higor Alexandre Guimarães, o policial estava no veículo do político.

Ele tinha deixado o deputado em uma reunião e o esperava na praça da Rua 23, quando o suspeito deu voz de assalto. “Ele estava sozinho no veículo e entregou as chaves. Quando já estava descendo, reagiu”, explicou o aspirante. Após a morte do suspeito, uma mulher, que se identificou como esposa dele, também foi presa. A polícia investiga se ela participou da tentativa de assalto.

A perícia esteve no local e o trânsito precisou ser desviado. O sargento se apresentou espontaneamente na Corregedoria da PM e foi liberado. Um inquérito será aberto para apurar o caso.

O G1 tentou falar com o deputado Luiz do Carmo nesta tarde, mas ele não atendeu as ligações.

Michelle Muniz do Carmo, Goiás (Foto: Versanna Carvalho/G1)
Deputado Luiz do Carmo usando camiseta com
foto da filha (Foto: Versanna Carvalho/G1)

Latrocínio
O deputado Luiz do Carmo perdeu a filha, Michelle Muniz do Carmo, de 30 anos, durante uma tentativa de assalto no dia 21 de abril deste ano. O crime aconteceu em frente a uma distribuidora de bebidas do Setor Nova Suíça, bairro nobre de Goiânia.

Em entrevista ao G1 em agosto deste ano, o deputado falou sobre o sentimento de perda. “O choque é muito grande. Eu vou te falar do meu sentimento de pai. Uma morte dessas afeta a família toda. Todo mundo está adoecendo, a família está adoecendo”, disse Luiz Carlos.

Deprimido com a morte da filha, o político contou que ficou sem ir à Assembleia Legislativa nos primeiros 50 dias e que chegou a pensar em abrir mão do seu mandato de deputado estadual. Refletiu e decidiu permanecer e ter uma voz na Assembleia, junto aos colegas deputados.

Ao todo, seis homens foram acusados de envolvimento na morte de Michelle: um teria atirado na jovem, outro teria entrado no carro dela e um terceiro teria dado cobertura ao crime. Outros três também participaram: o que teria emprestado o carro, o que teria emprestado a arma do crime e o que teria guardado a arma após o crime.

Indignação
Para o deputado Luiz do Carmo, o Código Penal não atende aos anseios da população por segurança. “Esses bandidos, mesmo que sejam condenados, pegarão no máximo 30 anos de prisão. No máximo em dez, 12 anos eles estarão livres e fazendo a mesma maldade”, lamentou. Na opinião do pai de Michelle, a certeza disso aumenta a certeza da impunidade.

O político comentou que, como deputado estadual, não pode lutar por mudanças na lei de latrocínio. Ele pensa em começar, como cidadão, nos moldes do que aconteceu com a Lei da Ficha Limpa, um projeto de iniciativa popular para aumentar a pena máxima para o crime de latrocínio para no mínimo 50 anos, sem direito a progressão de regime.

“Eu quero fazer igual ao Ficha Limpa que pegou um milhão de assinaturas e mudou tudo. Quero ver se pego no Brasil uns dois milhões de assinaturas para mudar a lei de latrocínio”, comentou.
O empresário tem consciência de que se esta mudança ocorrer, não virá a tempo de ser aplicada nos acusados pela morte da filha. “Quero fazer isso pela sociedade futura. Desde que isso aconteceu com a Michelle, fui procurado e soube de muitos casos de latrocínio”, disse.

Michelle Muniz foi morta a tiros em frente a distribuidora de Goiânia, em Goiás (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)
Michelle Muniz foi morta a tiros em frente a distribuidora de Goiânia (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)




Fonte: Do G1 GO

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