A luta levou os pais de Antonio Meño Ortega a acampar durante 16 meses, com o filho em uma cama improvisada, diante do Ministério da Justiça em Madri.
Meño viveu em coma profundo desde que, em 1989, aos 21 anos, decidiu fazer uma operação estética no nariz.
Em foto de novembro de 2010, os pais de Antonio Meño Ortega, Juana (esq.) e Antonio (centro), cuidam do filho após ele entrar em coma durante cirurgia plástica em Madri, na Espanha (Foto: Dominique Faget/AFP)
O anestesista, acusado pela família de negligência, foi condenado em primeira instância por imprudência profissional, mas depois foi absolvido em um recurso de apelação.
Os pais de Meño, padeiros aposentados, decidiram em 2009 acampar diante do ministério quando a Justiça ameaçou confiscar o apartamento da família para pagar os 400 mil euros (R$ 1,05 milhão) em gastos processuais.
Mas o aparecimento de uma nova testemunha, um médico que assistiu à cirurgia como estudante, levou o Supremo Tribunal da Espanha a reabrir o caso em 2010. Uma conciliação entre as partes permitiu finalmente que a família recebesse uma indenização de 1,075 milhão de euros (R$ 2,8 milhões) em julho de 2011.
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