Após três meses de alta, a produção da indústria brasileira registrou queda de 1% em setembro, na comparação com o mês anterior, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quinta-feira (1º). Em agosto, a atividade fabril havia crescido 1,7%, após revisão.
Na comparação com setembro do ano passado, a produção da indústria recuou 3,8% - a 13ª taxa negativa seguida nesse tipo de comparação. No acumulado de janeiro a setembro, a queda é de 3,5% e, em 12 meses, a taxa apontou baixa de 3,1% - a mais intensa desde janeiro de 2010.
Dos 27 ramos pesquisados pelo IBGE, 16 recuaram, com destaques para os setores de máquinas e equipamentos (-4,8%), outros produtos químicos (-3,2%), alimentos (-1,9%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-10,0%) e fumo (-11,7%). Entre os setores que mostraram aumento da produção, estão os de farmacêutica (6,0%) e de outros equipamentos de transporte (4,4%).
Na análise das categorias de uso, na comparação com o mês anterior, foi verificada queda mais acentuada em bens de consumo duráveis (-1,4%) e bens intermediários (-1,1%), seguidos por bens de capital (-0,6%). O setor de bens de consumo semi e não duráveis não teve variação.
Comparação com 2011
Na análise anual, a produção de 19 setores caiu, com destaque para o ramo de alimentos, que recuou 9,7%, pressionado pela queda na produção, principalmente, de açúcar cristal e de sucos concentrados de laranja.
Mostraram outras contribuições negativas as produções dos setores de máquinas e equipamentos (-11,2%), a exemplo do que ocorreu na comparação mensal, de veículos automotores (-7,2%), de máquinas para escritório e equipamentos de informática (-25,9%), de metalurgia básica (-5,7%) e edição, impressão e reprodução de gravações (-6,3%).
Entre os oito setores que aumentaram sua produção estão as indústriais farmacêutica (13,7%), refino de petróleo e produção de álcool (6,3%) e outros equipamentos de transportes (12,1%).
Entre as categorias de uso, o segmento de bens de capital caiu 14,1%, influenciado pelos resultados negativos em todos os seus subsetores. Na sequência, estão os segmentos de bens intermediários (-3,0%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-2,2%).
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