Em São Bernardo do Campo, no ABC, seis pessoas foram mortas por disparos e outras seis ficaram feridas. Três delas teriam sido mortas mortas em um suposto confronto com a Polícia Militar na Rua Japão. Ouras duas foram mortas por criminosos que passaram de moto na frente de um bar e efetuaram vários tiros na Rua Alvarenga Peixoto, onde uma pessoa também ficou ferida. Na Rua Campina Grande outra pessoa foi baleada e morta. Cinco pessoas também ficaram feridas na Rua Jerônimo Moratti após serem atingidas por disparos em um bar.
Em Santo André, também no ABC, duas pessoas foram baleadas e uma delas morreu na Rua Ubatuba.
Em Embu das Artes, duas pessoas foram encontradas mortas a tiros na Rua Guaíba.
Estatística
Já são mais de 160 mortes desde outubro. Desde o começo do ano, 89 policiais militares foram mortos em São Paulo. Desde agosto, uma facção que atua dentro e fora dos presídios ordenou que seus integrantes executassem policiais que matassem criminosos. Ao longo do ano, o governo do estado também registrou aumento no índice de crimes contra a vida (homicídios dolosos e latrocínios), conforme balanços da Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP).
O Ministério Público apura se policiais militares estão envolvidos em mortes: há suspeitas de que agentes da lei descontentes com as mortes dos colegas formaram grupos de extermínio e milícias para revidar os ataques contra criminosos.
Desde o começo da semana a PM realiza operação em Paraisópolis, onde realizou prisões e apreendeu lista com supostos nomes de policiais marcados para morrer.
Planos
Na tarde de quinta-feira (1º), a presidente Dilma Rousseff e o governador Geraldo Alckmin encerraram uma polêmica que havia começado no final de semana. O Ministério da Justiça divulgou que havia oferecido ajuda à São Paulo para o combate à criminalidade, mas a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo negou, afirmando também que o governo não concedeu R$ 149 milhões pedidos para equipar a polícia paulista.
Na conversa entre Dilma e Alckmin, ficou definido que a Secretaria da Segurança, a Secretaria de Administração Penitenciária e Ministério da Justiça devem se reunir para definir uma ação conjunta. O governo federal colocou à disposição os presídios federais e a Polícia Federal, que pode contribuir com serviços de inteligência.
Reunião em São Paulo
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deverá vir a São Paulo na próxima semana para se reunir com integrantes do Palácio dos Bandeirantes e começar a delinear as estratégias da ação. Nesta conversa preliminar, os representantes das esferas federal e estadual irão debater o que é possível fazer para conter a ação dos criminosos.
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