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Internacional
Domingo - 04 de Novembro de 2012 às 21:18

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Dezenas de milhares de desabrigados pela tempestade Sandy precisam de abrigo no estado de Nova York diante da queda da temperatura, anunciou o governador Andrew Cuomo. "A realidade é a temperatura. Dezenas de milhares de pessoas vão precisar de alojamento", disse Cuomo em uma entrevista coletiva este domingo, quando a temperatura era de 5 graus em Nova York, com previsão de queda na segunda-feira. O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, afirmou que apenas na cidade "30.000 a 40.000 pessoas" precisavam de abrigo, um desafio importante, levando em conta a falta de locais disponíveis nos centros de alojamento da prefeitura.

De acordo com Cuomo, seis dias depois da passagem de Sandy, que provocou mais de 100 mortes na costa leste dos Estados Unidos, 730.000 pessoas ainda estão sem energia elétrica no estado de Nova York. Na cidade, onde quase toda Manhattan recuperou a energia elétrica entre sexta-feira e sábado, o número chega a 145.000. Ao problema do frio e da falta de luz se soma a escassez de gasolina. Cuomo disse ter "havido progressos" com relação ao abastecimento de combustível, mas admitiu que as dificuldades continuam. "É preciso ter paciência", disse, em alusão às longas esperas, às vezes de duas horas, para abastecer. Quando ao transporte público, embora 80% do metrô nova-iorquino estejam restabelecidos, o serviço não se normalizará completamente na segunda-feira. Por isso, a prefeitura anunciou a suspensão da obrigatoriedade de que os carros que entram em Manhattan estejam ocupados por pelo menos 3 pessoas, medida adotada na quarta-feira, após o grande engarrafamento visto na terça-feira após a passagem do furacão.

Depois de uma semana sem aulas, as escolas reabrirão esta segunda, algumas sem calefação, embora na terça-feira voltem a fechar por causa das eleições. A prefeitura espera que na quarta-feira todas estejam funcionando, inclusive as 65 que ainda estão inaptas para receber aulas. Mais castigado que Nova York, o vizinho estado de Nova Jersey (leste) também se recuperava lentamente, pois parecia mais afetado pela falta de energia e combustível. Assim como centenas de milhares de moradores, o governador Chris Christie continuava sem luz, afirmou este domingo, explicando que os trabalhos para restabelecer os serviços eram difíceis e feitos "casa por casa". "Ainda não tenho luz em casa. Não estou contente, mas é assim, foi uma grande tempestade. Temos que ter paciência", afirmou Christie, destacando que havia menos de um milhão de lares sem luz, em comparação com os 2,7 milhões nesta situação na segunda-feira.

As autoridades federais, estaduais e municipais aceleravam os esforços para garantir que a população possa votar nas presidenciais de terça-feira. "Trabalhamos para garantir que todo mundo possa votar. Não será fácil", admitiu o prefeito Bloomberg. O governador de Nova Jersey disse que todos os locais de votação estarão prontos para terça-feira e aqueles que estiverem em abrigos poderão pedir para receber a documentação para votar por correio eletrônico ou fax, caso estejam impossibilitados de se locomover. A Guarda Nacional tem previsto transformar seus caminhões em centros de votação nas áreas onde ainda faltar luz ou houver sérios danos causados pela supertempestade.




Fonte: AFP

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