O delegado Mário Aravechia disse em entrevista ao G1 que as investigações estão sendo realizadas no sentido de identificar o suspeito que teria atuado como mandante do crime e ainda apurar se a chacina tem alguma relação com um grupo de grileiros que atuam na região. No entanto, ele preferiu não fornecer detalhes do caso e as informações correm em sigilo. “Todos os envolvidos na prática do delito já estão identificados. Agora, estamos investigando quem teria sido o mandante do crime”, pontuou.
Conforme Aravechia, o inquérito aberto para apurar o crime ainda não foi concluído. Ao todo, cinco funcionários foram contratados para obras na fazenda Nova Bom Jesus, que pertence ao pecuarista Geraldo Pilate Alba, de 50 anos. Na ocasião, dois deles conseguiram escapar dos tiros e sobreviveram à chacina. Nada foi furtado do local.
Três dias depois dos assassinatos, investigadores da Polícia Civil e uma equipe do Grupo Especial de Fronteira (Gefron) estiveram na fazenda para realizar vistoria e encontraram um quarto corpo no meio da mata. O corpo, segundo a polícia, foi encontrado na rota de fuga dos suspeitos que invadiram o local e atiraram contra os trabalhadores. Suspeita-se ainda que na ocasião houve troca de tiros entre eles e que um dos bandidos foi atingido.
Ocorre que a fazenda fica na divisa com uma área de grilagem e os assassinatos assustaram os moradores da região intensificando a tensão no local. Além disso, a fazenda Nova Bom Jesus já foi alvo de outros ataques, como um incêndio criminoso em 2011. A residência, o alojamento dos funcionários, dois barracões, um galpão e todo o maquinário foram destruídos pelo fogo.
O proprietário da fazenda contou ao G1 que os cinco rapazes foram contratados para reformar a sede da fazenda para que a família voltasse a morar no município. Atualmente, ele, a esposa e filhas moram em Cuiabá.
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