“É um pedido de reparação pelo prejuízo causado pelas infelizes declarações de que ele [Luiz Henrique] é homossexual”, explicou Diniz. Bruno, Macarrão e mais três vão a júri popular, no próximo dia 19, pela morte e pelo desaparecimento de Eliza Samudio.
Luiz Herique Ferreira Romão pede R$ 1 milhão de
indenização por dano moral
(Foto: Reprodução/Globo News)
Procurado pelo G1, Rui Pimenta afirmou que ainda não foi oficialmente notificado pela Justiça sobre o processo. “Na hora que o oficial de Justiça me intimar, eu tomo as providências. Eu sendo citado, eu apresento minhas razões”, disse o defensor.
Os comentários sobre a orientação sexual de Macarrão foram feitos por Rui Pimenta após a publicação, em julho deste ano, de uma reportagem da revista “Veja”, que trazia uma carta do atleta para o amigo. À época, o advogado concedeu diversas entrevistas à imprensa sobre o assunto. Ao G1, disse que a convivência entre Bruno e Macarrão extrapolava a área do sentimento. "A "Veja’ me fez acreditar na homossexualidade através dessa notícia”, afirmou. Junto à mensagem de Bruno endereçada a Luiz Henrique, em que o atleta pede ao amigo para usar um ‘plano B’, a reportagem citou um vídeo que retrataria uma relação sexual entre os dois e a modelo Eliza Samudio.
Também à época, o advogado de Macarrão rebateu as declarações e as classificou como um “absurdo infundado”. Por isso, além da indenização no valor de R$ 1 milhão, Leonardo Diniz fez ainda pedido de retração "em igualdade de condição" a todas as entrevistas concedidas pelo defensor do goleiro.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a ação corre na 1ª Vara Cível de Belo Horizonte e está em fase inicial. No dia 20 de agosto, o processo foi distribuído por sorteio para a juíza Soraya Hassan Baz Lauar. Nesta segunda-feira (5), o TJMG informou que a magistrada analisava uma petição encaminhada por uma das partes.
Pedido de explicações
Antes de ajuizar o pedido de indenização, Leonardo Diniz acionou a Vara de Inquéritos para cobrar explicações do advogado Rui Pimenta. De acordo com o TJMG, a notificação prevê uma explicação formal, mas não envolve indenizações nem retratações em público. Este processo ainda está em andamento na 5ª Câmara Criminal, segundo a Justiça.
Eliza Samudio (Foto: Reprodução/TV Globo)
Caso Eliza Samudio
O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus foram pronunciados a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio. Para a polícia, a ex-namorada do jogador foi morta em junho de 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado.
Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o garoto mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.
Entenda as acusações
Em 19 de novembro, Bruno Fernandes e mais quatro réus serão julgados no Tribunal do Júri de Contagem. O goleiro e o amigo Luiz Henrique Romão vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A Justiça havia atribuído as mesmas acusações a Sérgio Rosa Sales, que morreu neste ano, mas ele respondia ao processo em liberdade. Já o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Na fase de inquérito sobre o desaparecimento e morte de Eliza, Sales e o outro primo do goleiro Bruno – Jorge Luiz Rosa – contribuíram com informações à polícia. Segundo a investigação, eles estiveram com Eliza no sítio do jogador, em Esmeraldas (MG).
Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro; Wemerson Marques, amigo do jogador, e Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de Bruno. Já Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada do jogador, responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela. Eles foram soltos em dezembro de 2010 e respondem ao processo em liberdade. Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi inocentado.
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