Delegados apresenteram detalhes do sequestro em
entrevista coletiva (Foto: Silas Batista/G1)
Élio Pereira da Silva, que no primeiro momento se apresentou à polícia como a única testemunha do sequestro, foi detido depois que diversas contradições foram constatadas em seu depoimento. Élio é proprietário de um restaurante que fornecia alimentos para empresa em que Angélica estagia. Ela é estudante de Nutrição.
Os delegados explicaram que com a ausência Élio, apontado como o cabeça da ação, os outros três criminosos ficaram sem estratégias para continuar com o sequestro.
Imagens do cativeiro usado por suspeitos de
sequestradores (Foto: Silas Batista/G1)
Além de Élio, também foram detidos Vitor Hugo e José Elinton que estão na Central de Polícia. Já o outro homem apontado pela polícia como o segundo mandante do sequestro, o suplente de vereador Rodolfo Sinfrônio (PSD) é considerado foragido.
José Elinton disse que era cliente do restaurante e conhecido de Élio. Durante uma conversa, acabou querendo participar do crime porque estava passando por dificuldades financeiras por conta de dívidas. Foi ele quem resolveu libertar Angélica do cativeiro.
Ele contou durante a coletiva que pediu perdão para estudante e em seguida a soltou. Ele contou que receberia R$ 6 mil pelo sequestro. Os criminosos, segundo a polícia, não chegaram a entrar em contato com a família, mas confessaram que iriam pedir R$ 300 mil pelo resgate.
Participaram da coletiva de imprensa os delegados Henri Fábio e Glauber Fontes, o delegado regional de Campina Grande Marcos Paulo Vilela e o delegado geral da Paraíba André Rabello.
Todos os suspeitos foram levados para o Presídio Raymundo Asfora, o Serrotão, em Campina Grande.
O caso
Angélica Aparecida Vieira, irmã mais nova do atacante Hulk, voltou para casa por volta das 12h (horário de Brasília) da terça-feira (6), no bairro Alto Branco, em Campina Grande.
A jovem, de 22 anos, estava desaparecida desde o início da tarde desta segunda (5). Segundo a polícia, ela estava no carro de Élio Pereira da Silva, proprietário de um restaurante que fornece alimentos para empresa em que Angélica estagia, por volta das 14h, em frente a um restaurante no bairro do Catolé, quando foi levada por criminosos.
O então colega de trabalho, Élio Pereira, disse em seu primeiro depoimento que o carro foi deixado no local da abordagem. Ele também disse que passou mal e chegou a ser levado para o hospital Pedro I, onde passou por exames e foi liberado. Com o andamento da investigação, a polícia passou a apontar o empresário como um dos mandantes do sequestro.
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