A estudante Jacqueline Meei Jy Chen, de São Paulo, foi retirada da sala no domingo (5) e não pode fazer a prova. Quem, segundo o MEC, teria tirado a foto foi outra estudante, Jacqueline Tchia Lin Chen, de Mogi das Cruzes.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ligou para a mãe da Jacqueline Chen de São Paulo para pedir desculpas pelo erro e dizer que ela vai poder fazer novamente o Enem nos dias 4 e 5 de dezembro, quando as provas serão aplicadas nas unidades prisionais. Segundo o MEC, a estudante Jacqueline Chen, de Mogi das Cruzes, será desclassificada do exame.
O G1 entrou em contato com a escola onde a jovem eliminada por engano estuda, em São Paulo, e aguarda o retorno da família.
Confira a íntegra da nota do Ministério da Educação:
"Com relação ao incidente envolvendo as candidatas Jacqueline Meei Jy Chen e Jacqueline Tchia Lin Chen, o Ministério da Educação esclarece:
1. A candidata Jacqueline Tchia Lin Chen postou imagens a partir da sala de exames no sábado.
2. A rede de monitoramento do Ministério da Educação/INEP identificou corretamente a candidata.
3. O consórcio aplicador, entretanto, confundiu-se com uma homônima de nome Jacqueline Meei Jy Chen, que prestava o exame em outro local.
4. No sábado, entretanto, quando os aplicadores buscaram por Jacqueline Meei Jy Chen, ela já havia entregado a prova.
5. No domingo, ela foi excluída indevidamente do exame.
6. Constatado o equivoco, o Ministério da Educação e o INEP oferecem a possibilidade a Jacqueline Meei Jy Chen de realizar nova prova.
7. A prova da candidata Jacqueline Tchia Lin Chen foi excluída."
65 candidatos excluídos
Nos dois dias de exame, 65 candidatos foram excluídos do processo pelo mesmo problema - no sábado (3), outros 37 participantes haviam sido eliminados.
O edital do Enem afirma, no artigo 12.5, que "o participante deverá guardar, antes do início das provas, em embalagem porta-objetos fornecida pelo aplicado, telefone celular desligado, quaisquer outros equipamentos eletrônicos desligados e outros objetos, como os relacionados nos itens 12.3.2 [como lápis, canetas de cores que não a preta, calculadoras, relógios, tablets, entre outros] e 12.3.3 [óculos escuros e artigos de chapelaria], sob pena de eliminação do exame". Isso quer dizer que, ao receber o material da prova --incluisive o cartão-resposta--, o smartphone de todos os candidatos já deveria estar desligado e guardado.
Ao tirar a foto e enviá-la a sites públicos da internet, onde o conteúdo é livremente compartilhado, os candidatos que não respeitaram o edital acabaram produzindo provas contra si mesmos. Uma simples busca pela palavra "Enem" em algumas redes sociais foi suficiente para encontrar mais de 20 fotos proibidas pelo MEC na tarde de sábado. Neste domingo, outros candidatos repetiram o erro.
Fotos de cartões de respostas do Enem foram postadas no sábado (Foto: Reprodução)
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