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Polícia
Quinta - 08 de Novembro de 2012 às 16:27

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Após o conflito entre policiais federais e índios na região do Teles Pires em Mato Grosso que resultou na morte de um índio alvejado por disparos de fuzil e outros 2 indígenas gravemente feridos, a Polícia Federal (PF) suspendeu temporariamente a Operação Eldorado que foi delflagrada na terça-feira (06) para combater a extração ilegal de ouro em terras indígenas.

A ordem para a suspensão das atividades partiu da direção nacional da PF em Brasília. Enquanto isso, a superintentência da PF em Mato Grosso continua aguardando novos procedimentos da Capital Federal para só então decidir como pretende dar continuidade às diligências, uma vez que as ordens judiciais precisam ser cumpridas.

Na batalha travada entre índios e agentes da PF na manhã desta quarta-feira (07), pelo menos 2 policiais federais também sofreram ferimentos leves causados por flechas disparadas pelos índios que tentaram suspender a ação da PF e impedir que continuassem explodindo e afundando as balsas usadas na aldeia para dar suporte à extração ilegal do ouro. De acordo com a assessoria da PF em Mato Grosso, os 2 agentes feridos passam bem. O índio morto no conflito foi identificado como Adenilson Crishi Munduruku. Ele foi  baleado no confronto e ficou desaparecido por algumas horas. Seu corpo foi localizado na manhã desta quinta-feira (08).

O coordenador da Fundação Nacional do Índio (Funai) da região, Clóvis Nunes  acompanha os desdobramentos do caso. Contudo, ele não foi localizado pela reportagem para comentar quais as providências que o órgão pretende tomar diante da morte de um índio e outros 2 feridos em estado gravíssimo e transferidos do Hospital Regional de Alta Floresta (803 Km ao norte da Capital) para o Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá na manhã desta quinta-feira.

Sobre o andamento da operação, a assessoria da PF informou que tudo dependerá dos procedimentos que serão adotados pela direção do órgão em Brasília. Mas o fato é que os mandados expedidos pela Justiça Federal de Mato Grosso a serem cumpridos em Mato Grosso, Pará, Rondônia, Amazonas, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul incluem a destruição de balsas e qualquer outro equipamento utilizado na extração ilegal do ouro. Dessa forma, após os ânimos se acalmarem e a tensão na região de Alta Floresta for controlada, a operação deverá ter continuidade para tornar inutilizáveis essas embarcações.

Conforme a Polícia Federal, em 10 meses de investigação, foi possível constatar que uma das empresas distribuidoras, das 3 envolvidas no esquema, movimentou mais de R$ 150 milhões oriundo da venda do ouro extraído e cormercializado de forma irregular. Ainda conforme a PF, os 17 indíos detidos e levados para prestar esclarecimentos em Sinop continuam sendo ouvidos.





Fonte: A Gazeta

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