As alianças, antes do momento da união. (Foto: Pedro Cunha/G1)
Célia nunca teve dúvida de sua sexualidade. A mineira conta que, desde a infância, já sabia que era homossexual. "Desde que nasci, a minha opção sexual já estava escolhida. Eu não virei homossexual por acaso. Nasci homossexual. (...) E eu não sou diferente de ninguém não. Eu sou igual a qualquer um", disse Célia.
Já Grazielle manteve, por cerca de 12 anos, um relacionemto com um homem, com quem teve dois filhos, uma menina de oito anos e um menino de 12. Mas, segundo ela, a relação não deu certo. Somente quando encontrou Célia, é que Grazielle conta que se sentiu realizada. "Pra mim era aquilo que eu queria. Foi aonde eu me encontrei. Onde eu encontrei a felicidade".
Duas mães
As duas crianças são filhas biológicas de Grazielle, mas Célia não deixa de ser uma mãe coruja. "Eu tenho duas crianças que eu crio, que são dela, e que estão comigo, uma desde um ano e meio, e a outra com quatro anos veio pra mim. Então são meus filhos. São mais meus do que dela, na verdade. A realidade é essa", brinca.
Para Grazielle e Célia, os quatro já são uma família há muito tempo. Mesmo antes de surgir o desejo de se casarem. "Eu já tenho uma família constituída. É só viver agora. Trabalhar muito e fazer deles grandes homem e mulher", disse Célia.
Para o futuro, o casal planeja continuar em Nova Lima, pois, segundo Célia, a cidade é o melhor lugar para se criar os filhos. "Eu sou cria de Nova Lima. O melhor lugar para se viver, e para criar uma criança ainda é Nova Lima".
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