"Os efeitos colaterais são perigosos, mas há ainda o risco da dependência psicológica", afirma médico do Centro de Referência em Saúde do Homem
1 em cada 5 homens com problema sexual se automedica
Na hora da consulta, as explicações que mais ocorrem são a curiosidade, a vontade de aprimorar o desempenho sexual e o receio de falhar no momento da relação. No entanto, os comprimidos não apresentam resultados para grande parte dos homens, segundo Joaquim Claro, médico-chefe do serviço de urologia do hospital.
“A medicação não é instantânea e muito menos mágica como acreditam os pacientes. Se o indivíduo já é saudável, o pênis dele não vai ficar ainda mais rígido após o consumo. Portanto, não vai haver mudança no desempenho”, afirma o médico.
Joaquim lembra que esses remédios podem desencadear dores de cabeça e musculares, diarreia, alergias, visão dupla e, em casos mais severos, até cegueira. Em associação com outros medicamentos, podem causar ainda hipertensão e enfarte. Por isso, somente um especialista pode diagnosticar a necessidade de uso e, ainda, o melhor método.
“Os efeitos colaterais são perigosos, mas há ainda o risco da dependência psicológica. O homem passa a supervalorizar a droga e liga o seu próprio desempenho sexual ao uso do remédio", diz. Esta atitude gera um grau elevado de ansiedade e o paciente fica com medo de não ter mais relações satisfatórias se não contar com a ajuda medicamentosa."
Segundo Claro, a prática de atividade física é uma maneira saudável e eficaz de melhorar a atuação na hora do sexo. Os exercícios contribuem com o condicionamento físico, melhoram a circulação sanguínea e aumentam resistência trabalhando as regiões do peito, ombros, braços e pernas, além de elevar a autoestima.
EK
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