De acordo com Pires, o cliente comprou uma garrafa de Aquarius Fresh em maio deste ano e, após notar que havia uma aranha dentro do produto, decidiu não tirar a tampa. O jovem entrou em contato com o telefone disponível pela empresa no rótulo da embalagem no dia 31 de maio, e a atendente disse que tomaria providências e entregou o número do protocolo.
Consumidor encontra aranha dentro de garrafa de
refrigerante (Foto: Arquivo Pessoal)
Cinco dias depois, em 5 de junho, ele ligou novamente para o mesmo telefone, já que não havia tido resposta. Segundo o advogado, outro atendente confirmou a reclamação e falou que a empresa entraria em contato em outra oportunidade. No dia seguinte, um representante ligou para o cliente e disse que a empresa iria tomar providências sobre o caso. Essa foi a última vez que a multinacional deu uma resposta sobre o caso.
Sem nenhuma providência, Pires entrou com um processo no Juizado Especial Cível de Praia Grande, ainda em junho. A audiência sobre o caso, porém, aconteceu no último dia 30 e, mesmo sendo convocados a comparecer ao local, nenhum representante da Coca-Cola teria aparecido para dar uma resposta. "Queremos uma indenização por danos morais no valor de 30 salários mínimos. A empresa foi negligente em não mandar ninguém para a audiência. A nossa preocupação é que existem descasos e mais descasos. Eles não estão preocupados com a saúde do consumidor", explica.
Segundo Pires, o cliente foi motivado a divulgar o caso por conta de outra situação semelhante que aconteceu na Baixada Santista. Na última semana, um pino de plástico foi encontrado dentro de uma garrafa de Coca-Cola. "Já encontramos droga, já encontramos aranha. O que vamos encontrar mais?", questiona o advogado.
A FEMSA Brasil, empresa que responde pelo produto, reconhece que recebeu a solicitação do consumidor e que prestou atendimento conforme o Código de Defesa do Consumidor. A empresa informa que, conforme sua política, não se pronuncia durante o andamento de processos jurídicos.
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