Os legisladores, tanto os que ganharam como os que perderam sua reeleição nas eleições de 6 de novembro, retornaram a Washington pela primeira vez desde setembro com uma avultada agenda para os 16 dias de trabalho antes do final do ano.
Sua máxima prioridade é evitar o "abismo fiscal" previsto para o próximo dia 1º de janeiro e que, sem um acordo para reduzir o déficit, suscitaria uma alta de impostos e cortes maciços no gasto público.
Essa volátil combinação de impostos e cortes fiscais teria um custo de pelo menos US$ 500 bilhões apenas em 2013. O temor, segundo os economistas, é que a falta de um acordo possa afundar os EUA em uma nova recessão.
O reeleito presidente Barack Obama, que durante a disputa eleitoral se mostrou como defensor da classe média, convocou para esta semana reuniões com líderes empresariais, sindicalistas e representantes da sociedade civil, na busca por apoio à prorrogação de cortes tributários para a classe média.
Apesar da objeção republicana, Obama insiste que esses cortes, instituídos em 2001 e 2003, durante a presidência do republicano George W. Bush, sejam apenas para os que ganham mais de US$ 250 mil anuais e que os mais ricos paguem mais impostos.
Na saída do encontro com Obama, vários dos líderes empresariais indicaram hoje que o líder renovou seu compromisso em defender os cortes tributários para a classe média.
Assessores do presidente indicaram que Obama prevê realizar uma série de encontros em todo o país, após o feriado do Dia de Ação de Graças, 22 de novembro, para promover seu plano contra o "abismo fiscal".
Amanhã Obama realizará sua primeira entrevista coletiva desde que ganhou a reeleição para delinear suas prioridades para o que resta de 2012.
Já na próxima sexta-feira o governante receberá na Casa Branca os principais líderes democratas e republicanos do Congresso com o objetivo iniciar formalmente as negociações fiscais.
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